2012
DOI: 10.14417/ap.326
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Surdez infantil e comportamento parental

Abstract: Uma pessoa surda apresenta perdas auditivas de 70 décibeis ou mais (perdas severas a profundas), que impedem a fala e o desenvolvimento da linguagem baseada na audição, mesmo com a ajuda de aparelhos auditivos. Esta falta auditiva é geralmente congénita ou detectada muito cedo e usualmente designada de surdez pré-lingual. As crianças surdas são geralmente identificadas e diagnosticadas muito antes de entrarem na escola. A prevalência da surdez infantil é aproximadamente 1:1000 crianças (Calderon & Greenberg, 1… Show more

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“…O viés da perspectiva médica carrega em si o peso de classificar o surdo como um deficiente, o que acaba fomentando o surgimento de duas vertentes, a dos surdos do estudo, os quais não se viam como alguém portador 4 de uma deficiência, e os pais destes indivíduos que os classificavam como tais. Um grande problema que surge nesse sentido é que o termo deficiente possui uma bagagem negativa atrelado a si, como afirmaram Batista & França (2007, p. 118) "a ideia de deficiência instituída no imaginário social gera instantaneamente a imagem de incapacidade, de dependência, de sofrimento, de trabalho, de culpa e de dor" Partindo do pressuposto que os familiares tratam o surdo como alguém diferente, alguém que carrega uma falta, algo não funciona bem, precisa de intervenção por meio de implantes, cirurgias, e tratamento exaustivos para conseguir a emissão de voz e som compreensível, consequentemente os pais utilizam de todos os métodos possíveis que possam diminuir a surdez e comunicar com o indivíduo por meio da língua oral (Rodrigues & Pires, 2002) No estudo original a forma discordante de perceberem o surdo, entre o grupo de familiares ouvintes e o grupo de estudantes surdos, tornou-se evidente. No discurso de uma das mães a percepção da condição de ser surdo como uma deficiência mostrou-se claramente:…”
Section: Perspectiva Médica E Famíliaunclassified
“…O viés da perspectiva médica carrega em si o peso de classificar o surdo como um deficiente, o que acaba fomentando o surgimento de duas vertentes, a dos surdos do estudo, os quais não se viam como alguém portador 4 de uma deficiência, e os pais destes indivíduos que os classificavam como tais. Um grande problema que surge nesse sentido é que o termo deficiente possui uma bagagem negativa atrelado a si, como afirmaram Batista & França (2007, p. 118) "a ideia de deficiência instituída no imaginário social gera instantaneamente a imagem de incapacidade, de dependência, de sofrimento, de trabalho, de culpa e de dor" Partindo do pressuposto que os familiares tratam o surdo como alguém diferente, alguém que carrega uma falta, algo não funciona bem, precisa de intervenção por meio de implantes, cirurgias, e tratamento exaustivos para conseguir a emissão de voz e som compreensível, consequentemente os pais utilizam de todos os métodos possíveis que possam diminuir a surdez e comunicar com o indivíduo por meio da língua oral (Rodrigues & Pires, 2002) No estudo original a forma discordante de perceberem o surdo, entre o grupo de familiares ouvintes e o grupo de estudantes surdos, tornou-se evidente. No discurso de uma das mães a percepção da condição de ser surdo como uma deficiência mostrou-se claramente:…”
Section: Perspectiva Médica E Famíliaunclassified
“…Autores afirmam que os pais ouvintes que defendem a importância da aprendizagem da Libras, utilizando-a para facilitar a comunicação com a criança surda, são aqueles que apresentam maior grau de aceitação da surdez 22 . Desta forma, pode-se dizer, a partir da conduta relatada por M2, que a mãe não está totalmente habituada à comunicação bilíngue e que a surdez de seu filho não foi totalmente aceita, uma vez que não utiliza predominantemente a Língua de Sinais.…”
Section: -Comunicação Com a Criança Fora Do Ambiente Terapêuticounclassified
“…O nascimento de uma criança com deficiência auditiva, altera o equilíbrio anterior da família, provocando uma crise no sistema familiar, em que todos os membros são afetados de alguma maneira (Brito & Dessen, 1999;Buscaglia, 1997;Jackson, Traub, & Turnbull, 2008;Luterman, 1979;Oliveira et al, 2004;Rodrigues & Pires, 2002;Yamada, 1998 (Canho, Neme, & Yamada, 2006;Kurtzer-White & Luterman, 2003;Luterman, 1987;Luterman & Ross, 1991;Luterman, 2003 Na fase do diagnóstico, considerada pelos pais como o período de maior estresse psicológico e de qualidade de vida reduzida (Burger et al, 2005(Burger et al, , 2006Spahn et al, 2003) -Idade mínima de 6 meses para deficiência auditiva profunda ou 18 meses para deficiência auditiva de grau severo;…”
Section: As Relações Familiaresunclassified