Guiando-nos pelas pegadas de intercessoras/es intelectuais das Filosofias da Diferença e da Contracolonialidade, neste textoensaio exploramos conexões, pluralizamos significados e desafiamos convenções que homogeneízam e tranquilizam o pensamento. Por esses motivos, criamos conceitos e investimos no enredamento de algumas noções teóricas, no sentido de provocarmos deslocamentos no instituído, guiando-nos pela seguinte pergunta disparadora: como é possível uma ciência química antirracista? Atravessadas/os por tais agenciamentos, apresentamos a escrita de cartasplatôs como dispositivo na/para a luta antirracista, a partir de uma produção realizada por estudantes da licenciatura em Química, de uma universidade pública do Nordeste, enquanto possibilidade de construção de possíveis aberturas na educação durante as aulas de um estágio supervisionado obrigatório. A partir da apreciação de tais exemplares, percebemos uma pluralidade de direções e possibilidades de leitura, que apontam para a potência de pesquisas que se comprometem com corpos que se ins/escrevem na diferença. As cartasplatôs criam, inventam, modos de viver a vida, reafirmando a diferença e os corpos negros, apostando em platôsantirracistas e ne escrita enquanto artefato cultural e possível de luta antirracista.