-Translational Curriculum and Didactics: will, creation, and criticism. Amid the professors' professional category, the text questions what leads us to educate and to continue educating; what is the political motor and the subjective joy of our profession; what is the work energy that brings vitality to our existences? From the philosophy of difference, and as a result of a research of essayistic-factual content, it is positioned in a Nietzschean perspective of the will to power, consisting of problems about the specificity of the disposition and the impulse of an affirmative, authorial and creative teaching. With the dice game method, it shows, in its relations, a translating curriculum and a didactics of translation, as processes for transcreating civilization, cultures, and ourselves. Keywords: Curriculum. Didactics. Translation. Research. Difference. RESUMO -Currículo e Didática da Tradução: vontade, criação e crítica.Em meio à categoria profissional dos professores, o texto interroga o que nos leva a educar e a prosseguir educando; qual é o motor político e a alegria subjetiva da nossa profissão; qual é a força de trabalho que traz vitalidade às nossas existências? Desde a filosofia da diferença, e como resultado de uma pesquisa de teor ensaístico-factual, posiciona-se na perspectiva nietzschiana da vontade de potência, constituída por problemáticas acerca da especificidade da disposição e do impulso de uma docência afirmativa, autoral e criadora. Com o método do jogo de dados, mostra, em suas relações, um currículo tradutor e uma didática da tradução, como processos transcriadores da civilização, das culturas e de nós próprios. Palavras-chave: Currículo. Didática. Tradução. Pesquisa. Diferença.
O artigo enfatiza similaridades discursivas entre os PCNs do Ministério da Educação do Brasil, tidos como currículo oficial, e o Movimento Constituinte Escolar do governo petista do Rio Grande do Sul, proposto como currículo alternativo. Reflete sobre o que vem acontecendo com nossos currículos alternativos críticos, que acabam propondo quase a mesma educação que a do Governo Federal. Argumenta que, em função desse hibridismo, precisamos desfazer o risco de ligação, produzir e praticar currículos que ainda não existem, inventar mais uma vez a diferença.
Na função de um texto físico, conceitual e operatório, que utiliza a filosofia da diferença e as teorias da tradução literária e poética, defende-se a seguinte tese: em termos educacionais, o conceito de diferença pura possibilita pensar uma didática da tradução. Dispõe-se essa didática na cena dramática da aula, sua zona prática e proximal de criação em processo. A ideia é que, apesar das adversidades, insiste-se em educar, porque, nessa cena, consegue- se maquinar didaticamente, com uma especificidade prazerosa, aventureira e aventurosa. Traduzindo as matérias originais advindas da arte, da ciência e da filosofia, remete-se a educação à tradição, não restaurando o idêntico, mas levando à imersão do divergente, por meio de escolhas e mediação, lembrança e escrileitura dos signos. Com a didática da tradução, transcriam-se a cultura e a civilização, diferenciando os seus mapas, numa crítica- clínica do pensar, do escrever e ler, do educar e viver.
A Pastoral Educativa-A partir das palavras de Jesus, no Evangelho de São Marcos, e as iniciais de Comenius, na Didactica Magna, realizo uma análise interdiscursiva, ao modo de Foucault, para responder à questão "E os pequeninos, Senhor?" Inscrevo tais positividades em uma mesma série histórica, por encontrar a constância enunciativa do infantil girando sobre dois eixos: o de sua inocência e o da culpa efetiva. Argumento que assim se constituiu o jogo de poderverdade-subjetividade de nossa Pastoral Educativa. Educação; história; infantilidade; governo; poder THE EDUCATIONAL PASTORAL The Educational Pastoral-Grounding on Jesus'words in St. Mark's Gospel and Comenius'foreword in Didactica Magna, I carry out an interdiscoursive analysis, in Foucault's manner, to answer the question "What of the small children, my Lord?" I inscribe those positivities into one single time series, as I find the narrative constancy of the infant as spinning round two axles: the one of her innocence and the one of her effective guilt. I claim that the game of power-truth-subjectivity of our Educational Pastoral is established this way.
RESUMO: Dotado de um teor ensaístico, este artigo pensa a docência no avesso da doxa educacional, da opinião pública, do espírito majoritário, do consenso burguês, da Voz do Natural, da violência do preconceito e da geleia geral espalhada com as bênçãos do poder. Discute o arquivo da docência, com o qual a Aula é feita, trabalhando-a como um conceito filosófico, que se forja num encontro tradutório entre Currículo e Didática. Realiza experimentações de escrita-e-leitura acerca do tratamento onírico desse arquivo, bem como do direito dos professores de sonhá-lo poeticamente. Conclui que cabe ao professor permanecer em vigília: ato de resistência, preparado no Currículo, conjurado na Didática, lutado na Aula.
Este artigo realiza o esforço de constituir movimentos de análise crítica e de interlocução clínica, no espaço-tempo da Base Nacional Comum Curricular, tal como esta foi exposta em primeira versão destinada à consulta pública (2015- 2016). Movimentos críticos-clínicos, que parecem necessários para acompanhar os enigmáticos deslocamentos e rearranjos, pelos quais passam o país, o mundo, o capital, o trabalho, as relações, a educação. Por meio de uma analítica genealógico-nietzschiana, problematiza o quadrilátero conceitual-operatório da Base; releva suas figuras e o artifício fabulatório que lhe dá sustentação; indica 16 questionamentos a seus elementos constituintes. Conclui pela proposição de pensar e sentir a Base Nacional Comum Curricular, como abertura democrática para a formulação de novos problemas antes do que soluções e como um trampolim para currículos que emerjam do dia-a-dia da docência, levando os professores a se tornarem, outra vez, os seus autores.
I -O ensaio é issoEm O Abecedário de Gilles Deleuze (1), no vocábulo Professor, Claire Parnet pergunta a Deleuze (então, com 64 anos e aposentado) se ele não sentia falta de dar aulas, já que as dera, com paixão, durante quase quarenta anos, no ensino médio e no superior. Deleuze responde-lhe que, no momento, é uma alegria não ter mais de dar aulas, porque já não tinha mais vontade; embora elas tivessem constituído uma parte importante da sua vida. Diz, então, que essa questão das aulas é simples, já que elas têm equivalentes em outras áreas, em função de ser algo muito preparado: -"Se você quer 5, 10 minutos de inspiração, tem de fazer uma longa preparação". E acrescenta que sempre fez desta maneira porque gostava: -"Eu me preparava muito para ter esses poucos momentos de inspiração". Entretanto, com o passar dos anos, começou a perceber que precisava "de uma preparação crescentemente maior para obter uma inspiração cada vez menor". E concluiu que estava na hora de parar, para fazer outra coisa, como escrever. Ele diz que não saberia calcular quanto tempo essas preparações lhe exigiam, mas que, como tudo, tratava-se de ensaios: -"Uma aula é ensaiada, como no teatro". Se não a ensaiarmos suficientemente, "não estaremos inspirados", e se ela não resultar de "momentos de inspiração", não quererá "dizer nada". O ensaio que fornece a inspiração consiste em "considerar fascinante a matéria da qual tratamos", em achar "interessante o que se está dizendo", para "chegar ao ponto de falar de algo com entusiasmo". E Deleuze finaliza: -"O ensaio é isso".Para ensaiar Deleuze, ao escrever sobre algumas ressonâncias de scripturire provocadas por sua filosofia da diferença na Educação, vários usos conceituais poderiam ser enfatizados, tais como os que vêm sendo produzidos em vários espaços institucionais, de relações e textuais (2). Seguindo Barthes (3), podemos dizer que, para que as escolhas que fazemos dos conceitos (textos, livros, obras) dos outros passem para nós, é necessário que os definamos como escritos por nós.1 Uma versão modificada desse texto foi, primeiramente, publicada na Revista Educação, da USP de São Paulo, com o título "Para pensar, pesquisar e artistar a educação: sem ensaio não há inspiração", em 2007, p.68-73.
RESUMO O texto parte da docência como invenção de currículo e de didática, por meio da tradução transcriadora. Introduz a categoria do sonho para pensar uma poética de aula, constituída da necessidade dos acontecimentos. Defende o direito de sonhar com o trabalho de artistagem, feito sobre o arquivo da docência e no ato de sua escrita e leitura. Mostra que, por meio da pesquisa, nos encontros entre a imagem fantasiosa de aula e a razão, produzimos sonhos de tinta enquanto um modo factível de lidar com a urgência de forjar outra virtualidade de utopia: uma nova encenação do desejo de docência - primeiro ponto de um programa de defesa e de contra-ataque que franqueie condições para desacabrunhar a vontade de poesia. Conclui que, irreverentes e turbulentos, diante do real que nos é apresentado, talvez só assim possamos ser demiurgos: sonhar imagens de noite e fantasiar conceitos de dia, para transformar a nossa dor de professor em um adorno dourado tão delicado como a asa da cigarra.
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