Abstract:Resumo: Fora do texto, a semiótica continua! De fato, além e aquém da análise da significação investida nos textos e nos discursos, a semiótica (especialmente a de origem greimasiana) pretende hoje dar conta de como o sentido emerge também das práticas mais diversas, de nossas relações vividas com os objetos que nos circundam ou dos quais fazemos uso, numa palavra, da vida cotidiana nas suas múltiplas dimensões, inclusive a do sensível. Para isso, a disciplina teve que se desenvolver como uma teoria geral da g… Show more
“…Senão vejamos. Landowski (2013Landowski ( , 2014aLandowski ( , 2014b, por exemplo, inscreve sua sociossemiótica como um prologamento da semiótica standard, mas admite que retoma a problemática actancial e modal da gramática narrativa com certas reservas. Para ele, a sociossemiótica toma a forma de uma "crítica metódica do modelo standard", pois adiciona à conceituação semio-narrativa clássica complementos que resultam num modelo novo, ao mesmo tempo "integrador e inovador".…”
Section: A Metaesquematização Da Narratividade E Os Desenvolvimentos unclassified
Durante muito tempo o conceito de narratividade esteve no pináculo da teoria semiótica erigida por Algirdas Julien Greimas. No entanto, com a incorporação de novas problemáticas e, principalmente, sob a alegação de que a esquematização narrativa não daria conta de uma descrição exaustiva e mais adequada às singularidades dos conjuntos significantes não verbais, das práticas e das interações mais próximas do vivido, o sistema da narratividade foi paulatinamente deixando de ser uma preocupação teórica para os semioticistas. Com o propósito de prestar uma homenagem ao mestre lituano, este artigo se volta para a presença da narratividade nos desenvolvimentos da semiótica atual. Os objetivos são destacar a centralidade desse conceito dentro do modelo teórico de Greimas, examinar os desdobramentos da passagem de uma narratividade stricto sensu para uma narratividade lato sensu e, sobretudo, ressaltar seu alcance teórico, para além de sua função como ferramenta de análise circunscrita ao percurso gerativo do sentido ou como conceito emblemático da semiótica dita clássica. Assume-se, ao final, a narratividade como metaesquema, como um dispositivo de transposição do sentido, que pode ser mobilizado em diferentes níveis, dependendo da visada teórica ou analítica do semioticista, nos vários modelos da semiótica herdeira de Greimas.
“…Senão vejamos. Landowski (2013Landowski ( , 2014aLandowski ( , 2014b, por exemplo, inscreve sua sociossemiótica como um prologamento da semiótica standard, mas admite que retoma a problemática actancial e modal da gramática narrativa com certas reservas. Para ele, a sociossemiótica toma a forma de uma "crítica metódica do modelo standard", pois adiciona à conceituação semio-narrativa clássica complementos que resultam num modelo novo, ao mesmo tempo "integrador e inovador".…”
Section: A Metaesquematização Da Narratividade E Os Desenvolvimentos unclassified
Durante muito tempo o conceito de narratividade esteve no pináculo da teoria semiótica erigida por Algirdas Julien Greimas. No entanto, com a incorporação de novas problemáticas e, principalmente, sob a alegação de que a esquematização narrativa não daria conta de uma descrição exaustiva e mais adequada às singularidades dos conjuntos significantes não verbais, das práticas e das interações mais próximas do vivido, o sistema da narratividade foi paulatinamente deixando de ser uma preocupação teórica para os semioticistas. Com o propósito de prestar uma homenagem ao mestre lituano, este artigo se volta para a presença da narratividade nos desenvolvimentos da semiótica atual. Os objetivos são destacar a centralidade desse conceito dentro do modelo teórico de Greimas, examinar os desdobramentos da passagem de uma narratividade stricto sensu para uma narratividade lato sensu e, sobretudo, ressaltar seu alcance teórico, para além de sua função como ferramenta de análise circunscrita ao percurso gerativo do sentido ou como conceito emblemático da semiótica dita clássica. Assume-se, ao final, a narratividade como metaesquema, como um dispositivo de transposição do sentido, que pode ser mobilizado em diferentes níveis, dependendo da visada teórica ou analítica do semioticista, nos vários modelos da semiótica herdeira de Greimas.
“…A partir de esta premisa, durante las últimas décadas la semiótica ha dejado de estudiar exclusivamente textos en el sentido restringido del término (es decir, productos culturales con una materialidad específica, como ser comics, obras literarias, avisos publicitarios, etc. ), para ocuparse de describir, analizar y comprender los procesos de significación que se dan en la esfera social, volviendo así a la idea originaria de Ferdinand de Saussure sobre la disciplina, consistente en estudiar el funcionamiento de los signos en el seno de la vida social (Lorusso, 2010), con un foco especial en los procesos de interacción (Landowski, 2014). Los trabajos de investigadores como Jean-Marie Floch (1990), Jacques Fontanille (2008Fontanille ( , 2016, Eric Landowski (1997Landowski ( , 2005 y Gianfranco Marrone (2001Marrone ( , 2016, entre tantos otros, reflejan claramente el intento de extender el análisis semiótico hacia la esfera sociocultural.…”
Recientemente, los movimientos migratorios –en particular aquellos protagonizados por el elevado número de personas que han llegado a Europa buscando convertirse en refugiados– han dado lugar al surgimiento de un tipo de discurso social asociado a un “nacionalismo populista”. En ocasiones este tipo de discurso, al generalizarse y normalizarse a nivel social, ha dado lugar al surgimiento de una “cultura del miedo” que, en tanto sistema articulado de sentido y significación, puede ser examinada desde una mirada sociosemiótica, prestando especial atención a los procesos perceptivos e interpretativos apoyados en la dicotomía imaginaria entre un “nosotros” y un “ellos” que ocurren a nivel tanto individual como colectivo. En este artículo se examina la “cultura del miedo” que emerge en torno a la diversidad cultural –específicamente asociada a la migración– desde tal perspectiva teórica, con el fin de realizar un aporte tanto a la literatura sobre las culturas del miedo, así como al debate sobre los riesgos que su propagación y normalización tienen para las sociedades democráticas.
“…Nesse ponto da análise, refletiremos sobre o estudo efetuado por Landowski (1992), no qual o autor discute a concepção de discurso sobre o ponto de vista da sua capacidade de "agir" e de "fazer agir".…”
Section: O Fazer -Fazer Do Gênero Anúncio Publicitário De Lingerieunclassified
“…Para influenciar na escolha do consumidor, o uso da plasticidade e da função apelativa da linguagem, são recursos que despertam, primeiramente, o querer-ver para que depois todo o processo contratual fiduciário possa ou não se estabelecer. Landowski (1992) afirma que:…”
Section: Competência Interpretativaunclassified
“…Todos esses simulacros estão instaurados na ordem do parecer, como instrumento manipulatório para fazer-ver e, conseqüentemente, ser-visto. Diante dessa tipologia, depreendemos uma "contratualização do direito de olhar", tal como conceituou Landowski (1992), entre os co-enunciadores dos textos em análise.…”
Section: Sujeitos Escópicos: O Fazer-ver Vs Fazer-ser-vistounclassified
que o enunciatário produz o texto com o enunciador, pois, na produção textual, o enunciador faz o seu texto sob o simulacro do seu enunciatário; o que resulta nas diferentes escolhas enunciativas. Respaldados por esta idéia, poderemos afirmar que o sujeito da enunciação é constituído pelo enunciador (eu / autor) e pelo enunciatário (tu / leitor). Dentro do discurso publicitário, analisaremos, especificamente, o gênero anúncio publicitário de lingerie. A escolha desse gênero deve-se à grande influência que ele exerce nas relações intersubjetivas. De uma grande totalidade, anúncio publicitário de lingerie, depreenderemos quatro totalidades, ao que remeteremos a quatro pólos com especificidades e recorrências características: A; B; NÃO-A; NÃO-B. E dessa forma, nos será possível traçar um modo de presença particular das diferentes imagens de enunciatários do gênero em pauta. Os modos de presença das quatro totalidades analisadas serão depreendidos a partir dos tipos de valorização que cada anúncio investe na apresentação de seu objeto. Trata-se, por exemplo, de valores de prazer sexual, de prazer estético, de valores estésicos ou utilitários. O objeto anunciado não é apresentado apenas como desejável em si mesmo, ou seja, ele não é o termo final de um programa de busca orientado para o puro e simples consumo dos bens oferecidos. Ele é também um meio, uma competência, para que seja alcançado o objeto de valor desejado. A valorização dos anúncios e dos produtos anunciados passa pela encenação e pelo simulacro de determinados tipos de relações que se procuram estabelecer com o público, com o consumidor, ou seja, com o enunciatário. De modo mais específico, são os mecanismos de significação e produção de sentido dessas relações que gostaríamos de analisar nesta dissertação.
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