Sociedade, cultura, matemática e seu ensino

Abstract

One of the effects of the globalized world is a strong tendency to eliminate differences, promoting a planetary culture. Education systems are particularly affected, undergoing strong pressure from international studies and evaluations, inevitably comparative, and sadly competitive. As a result, one observes the gradual elimination of cultural components in the definition of education systems. The constitution of new social imaginaries becomes clear; imaginaries empty of historical, geographical and temporal referents, characterized by a strong presence of the culture of the image. The criteria of classification establish an inappropriate reference that has as its consequence the definition of practices and even of education systems. On the other hand, resistance mechanisms, often unconscious, are activated seeking to safeguard and recover the identifying features of a culture, such as its traditions, cuisine, languages, artistic manifestations in general, and, in doing so, to contribute to cultural diversity, an essential factor to encourage creativity. In this article, the sociocultural basis of mathematics and of its teaching are examined, and also the consequences of globalization and its effects on multicultural education. The concept of culture is discussed, as well as issues related to culture dynamics, resulting in the proposition of a theory of transdisciplinar and transcultural knowledge. Upon such basis the Ethnomathematics Program is presented. A critique is also made of the curriculum presently used, which is in its conception and detailing, obsolete, uninteresting and of little use. A different concept of curriculum is proposed, based on the communicative (literacy), analytical (matheracy), and material (technoracy) instruments.

Conhecimento Geométrico Nas Perspectivas Da Pedagogia Da Alternância E Etnomatemática Numa Escola Família Agrícola

“…A sobrevivência da humanidade depende de comportamentos imediatos em resposta às rotinas inerentes ao seu cotidiano. Diante disso, surge a Matemática como resposta às necessidades de sobrevivência e de transcendência dos membros de diferentes grupos sociais (D' AMBROSIO, 2005).…”

Conhecer o outro e conhecer-se

“…Porém, acredito que o campo da imaginação, de inventar algo que resolvesse os problemas sem matemática talvez fosse mais interessante. Talvez, o matecarte seja um protótipo de uma tentativa de uma matemática mais humanizada, de uma etnomatemática em ação (D'Ambrósio, 2005).…”

Etnomatemática do contexto agrícola: elaboração e resolução de problemas de matemática

“…A perspectiva etnomatemática pode ter correlação entre a cultura de um grupo social e os conhecimentos produzidos na escola, o que permite a aceitação e a valorização de diferentes formas de fazer Matemática, utilizadas por diferentes grupos em suas práticas diárias, com a intenção de resolver e manejar realidades específicas, nem sempre perceptíveis sob o olhar da Matemática acadêmica (D' Ambrosio, 1993;2005;2005a;Knijnik, 2003;Velho & Lara, 2011).…”

“…Este estudo foi realizado em uma perspectiva etnomatemática (D' Ambrosio, 1993;2005;2005a;Knijnik, 2003) para interpretar e compreender a rotina, os saberes e as formas de matematizar de uma comunidade agrícola. A partir de uma leitura crítica e aprofundada das transcrições das entrevistas dos agricultores e fazendo articulações com o referencial teórico adotado neste estudo, apresentam-se duas categorias de análise: a) A Matemática na produção de leite e b) A Matemática no cultivo do tabaco.…”

“…A aceitação e a valorização de diferentes formas de matematizar, utilizadas pelos grupos sociais em suas práticas diárias, na tentativa de resolver problemas que surgem no contexto no qual estão inseridos é um dos principais objetivos da perspectiva etnomatemática (D' Ambrosio, 1993;2005;2005a;Knijnik, 2003;Velho & Lara, 2011).…”