O artigo tem o objetivo apresentar reflexões sobre o ethos discursivo da autoridade institucional do Império e da Província contra as revoltas encabeçadas por escravizados, como enfrentamento das condições aterrorizantes da escravidão. Para tanto, o ethos é analisado a partir do discurso da administração da Bahia no século XIX, considerando-se o texto histórico, com a finalidade de observar como o sujeito enunciador se articula com outros discursos, a partir da relação dialética entre identidade e alteridade. Os discursos oficiais são mediados pelos Oficiais da Secretaria do Governo da Bahia, enunciadores do discurso político do poder institucional, e materializados em Resolução da administração pública. Nesse viés, o ethos discursivo é um olhar sobre a cena. O leitor é convidado a participar do reconhecimento desse estado de vigilância para as revoltas escravas, que eram consideradas um problema de segurança.