Sintaxe da posição do verbo e mudança gramatical na história do português Europeu

Antonelli, André Luís

doi:10.47749/t/unicamp.2011.845803

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“…Ao voltarmos nosso olhar para tais documentos, buscamos refinar as perguntas sobre a periodização da história do português, pautando-nos na análise empírica de fatos da língua, algo ainda pouco comum devido à dificuldade de acesso à documentação escrita, porém essencial ao trabalho em diacronia. O corpus é também de fundamental importância visto que um amplo conjunto de estudos já realizados sobre a história do português brasileiro parte da ideia lançada por Haegeman (1996), Roberts (2004), Antonelli (2011) Ribeiro (1995), Torres Morais (1995), Paixão de Sousa (2004), Gibrail (2010), Antonelli (2011), Galves e Paixão de Sousa (2017), Galves e Gibrail (2018) e…”

Section: A Periodização Do Pb: História Externa E Aspectos Morfofonol...unclassified

“…Assim como Roberts (2004), Holmberg(2015) A variação no percentual de V2 encontrado em textos medievais em línguas românicas é, de fato, muito grande. Vide as discussões apresentadas em Ribeiro (1995) versus Kaiser (1999), Fieis (2002, Rinke (2009) para o PA; Torres Moraes (1995), Galves (1996), Paixão de Sousa (2004), , Galves e Paixão de Sousa (2005), Gibrail (2010), Antonelli (2011) versus Eide (2006) hipótese de Benincà (ADAMS, 1987;VANCE, 1989, para o Francês;FONTANA, 1993;PINTO, 2011, para o Espanhol;BENINCÀ, 1983;1983-4;2013;LEDGEWAY, 2008, para , 1995, p. 328).…”

Section: Fundamentos Teóricos Da Análise V2 Flexívelunclassified

“…Ao contrastar seus dados com as generalizações propostas por Benincà (1995Benincà ( , 2004, Wolfe (2018) Adotando a análise de vários estudiosos de que o português em seus estágios mais antigos é uma língua V2, discuto a seguir os trabalhos de Ribeiro (1995), Torres Morais (1995), Gibrail (2010), Antonelli (2011), Galves e Paixão de Sousa (2017), Galves e Gibrail (2018), Galves (2020) que advogam a existência de uma gramática V2 tanto para o português antigo quanto para português clássico.…”

Section: O Efeito V2 E a Colocação De Clíticounclassified

“…A hipótese de que o português em estágios anteriores apresenta uma sintaxe V2 foi defendida em vários trabalhos (RIBEIRO, 1995;TORRES MORAIS, 1995;PAIXÃO DE SOUSA, 2004;GIBRAIL, 2010;ANTONELLI, 2011 Os trabalhos de Paixão de Sousa (2004), Gibrail (2010), Antonelli (2011), Galves e Paixão de Sousa (2017), Galves e Gibrail (2018) e Galves (2020) foram elaborados a partir do Corpus Tycho Brahe, que conta, atualmente, com 76 textos (3.302.811 palavras), disponíveis para pesquisa, com um sistema de anotação linguística em duas etapas: marcação de parte da especificação (44 textos, um total de 1.962.176 palavras); e anotação sintática (27 textos, um total de 1.234.323 palavras).…”

Section: O Efeito V2 No Português: Estado Da Arteunclassified

“…Além das evidências de que no PCl a interpretação do sujeito é sintaticamente diferente do PE, Galves e Gibrail (2018) também apresentam evidências diacrônicas de que uma mudança afetou a posição dos sujeitos pré-verbais e, consequentemente, a posição dos verbos. A partir de 1700, o aumento acentuado na frequência do SVO, o surgimento da ordem XSV-cl, a alta frequência de pronomes nas sentenças VSO e a perda da assimetria matriz versus subordinada, o que aponta para uma mudança gramatical de PCl para PE.3.3.3 A periferia esquerda do PClAssim comoAntonelli (2011),Galves (2020) apresenta uma descrição, quantificação e análise da sintaxe V2 do PCl, com base em um corpus maior e mais diversificado do que aqueles que apoiaram os trabalhos anteriores, com foco em uma abordagem sincrônica para esse período.Defende que a gramática do PCl é V2, ou seja, o verbo se move para a camada CP. Além disso, oPCl permite o fronteamento de uma ampla variedade de sintagmas, conforme ilustrado em (65).…”

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Rastreando as origens do Português Brasileiro

Silva Corôa

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Dedico este trabalho aos que vieram antes de mim, séculos atrás, em navios negreiros. Aos meus bisavôs e bisavós, meus avôs e avós, minha mãe e meu pai, minhas tias e tios, minhas irmãs e meus sobrinhos. Aos que seguirão e aos que hão de vir. Eu sou porque nós somos!!!! AGRADECIMENTOS AGRADECER: Oba oba oba ê O gesto de ser grato é um dos sentimentos mais maravilhosos que existem. E sou grata a muitas pessoas que compartilharam seu amor, carinho, dedicação, admiração e solidariedade para que esta etapa chegasse ao fim e fosse o início de tudo. A seta é o alvo!!! Em 2012, no final do mestrado -depois de muita luta e muito sofrimento -achei que ser pesquisadora, doutora, encontrar prazer na pesquisa seria algo intangível. Aí o tempo passou, meu companheiro ingressou no mestrado na UNICAMP e conheceu Charlotte Galves. E tudo mudou quando ele falou: -Conheci a pessoa certa para te orientar. E ele foi tão certeiro.... Por isso, agradeço a você, Antonio Codina, por sua sensibilidade em perceber que Charlotte seria uma ótima orientadora para mim. Sua sagacidade foi vital para que eu, finalmente, ingressasse novamente num programa de pós-graduação. (Re)Conheci Charlotte em 2015. Reconheci, pois em 2006, ela participou do SeminárioInternacional acolhendo as línguas africanas e na época eu era estudante de graduação em Letras na UNEB, instituição promotora do evento. Por isso, Charlotte me soava tão familiarela que como eu enfrentou uma chuva torrencial em Salvador para estar na Av. Jorge Amado, participando deste Seminário. E não poderia ser mais grata. Obrigada, Charlotte! Exemplo de ser humano sensível, pesquisadora ímpar!!! Sua dedicada orientação e seu brilho nos olhos fizeram a diferença para que eu me aproximasse e me apaixonasse cada vez mais por anotação sintática, constituição de corpora históricos, linguística gerativa. Esse trabalho é fruto dessa parceria.Obrigada por tudo! Aos professores do Instituto de Estudos da Linguagem: Aquiles

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Section: A Periodização Do Pb: História Externa E Aspectos Morfofonol...unclassified

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Rastreando as origens do Português Brasileiro

Silva Corôa

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The structure of complementizerless clauses in Classical Portuguese

Antonelli¹

2015

Romance Languages and Linguistic Theory

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This chapter examines the structure of declarative complement sentences lacking the complementizer que in Classical Portuguese. The goal is to investigate whether such clauses manifest a CP-domain. We present a set of facts related to the position of subjects and adverbs showing that complementizerless clauses do display a left periphery layer, as a result of V-to-C movement. Following a split CP view (Rizzi 1997), we also propose that sentences without que are structures in which verb movement to the embedded C-system makes the peripheral heads Force and Fin to be projected syncretically, thus preventing the activation of discursive projections like TopP or FocP.

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Um estudo sobre o emprego de vírgula antes de oração completiva no português europeu clássico

Yano¹

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 Lembro me de que, tendo eu um pequeno defluxo, ela imaginou, apesar de a opinião em contrário de os médicos, que eu tinha uma escarlatina,  e queria por força aquecer se a o lume, dizendo, e com razão, que em Bemfica havia uma chaminé, junto a a qual já tinha estado. Este cavalheiro acreditou, durante a maior parte de a sua vida, que era primo corirmão de meu Pai, quando efetivamente não tinha com ele parentesco. Teve tanto prazer com a notícia de a nossa existência, que, poucos dias depois, veio ver nos a Bemfica, com sua mulher e uma filha, que teria então vinte anos, e que foi a mãe de a atual Senhora Condessa de as Antas, declarando, com espanto geral de a família, que jantava conosco.  queria, por força, que os documentos dissessem o que lhe convinha ou a sua imaginação lhe fantasiava.  Maria Moisés, de Camilo Castelo Branco (1826):  Note você, padre Bento, que os espíritos maus quase sempre se ferram nos bons corpos!  Quem puder hoje provar, com trinta e seus quartéis, que seu trigésimo avô era celta, íbero, huno, vascónio, ou gépida, tem barrigadas de orgulho de raça;  e escreveu-lhe então a dizer-lhe que a Senhora Josefinha estava nesse estado, e coisas e tal, como o outro que diz, que em bom pano cai uma nódoa.  Cartas a Emilia, de Ramalho Ortigão (1836):  O menino diz o Eduardo, que cá esteve ontem, que está bom, bom, bom que não pode ser melhor.  E Vega de Armijo respondeu: -"Disse-me -o que é a opinião de toda a gente -que nunca condecoração conferida a um português caiu tão bem e foi tão merecida".  A isto eu respondi -como não podia deixar de fazer em atenção para com o governo espanhol a quem tanto devo -que se a questão era de dinheiro eu ficaria de graça até que a exposição espanhola terminasse. Já quanto às sentenças em que o complementizador que não é foneticamente realizado, abaixo são apresentados alguns exemplos de ococrrências encontradas: 54  Décadas -Diogo do Couto (1542):  E não sabendo dos tratos, que o Accedecan trazia com Dom Garcia de Castro, lhe despedio um correio com cartas, em que lhe rogava, mandasse alguns navios sobre a barra de Sanguicer a impedir que se não passasse pera Cananor a gente, e tesouros do Accedecan  A vida de Frei Bertolamenu do Mártires -Luis de Sousa (1556):  e, com os joelhos em terra e as mãos e olhos levantados ao Céu, fez uma devota oração, pedindo a Deus, com grande afeito, fosse servido guardá la e defendê la de todo mal. Nos textos História da Província de Santa Cruz, de Pero Magalhães de Gândavo (1502), Peregrinação, de Fernão Mendes Pinto (1510), e Gazeta, em que relatam as novas todas, que ouve nesta corte, e que vieram de varias partes no mês de novembro de 1641, de Manuel de Galhegos (1597), não foi encontrada nenhuma ocorrência.  Rellaçaõ da Vida e Morte da Serva de Deos a Venerável Madre Elenna da Crus, de Maria do Céu (1658):  Criou a sua May naõ sò com cuydado natural, mas advertido, por que contava a serva de Deos, que certa pessoa lhe dissera, criasse aquella menina com muyto desvelo, e lhe desse o estado de Relligiosa, po...

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Sintaxe da posição do verbo e mudança gramatical na história do português Europeu

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Rastreando as origens do Português Brasileiro

Rastreando as origens do Português Brasileiro

The structure of complementizerless clauses in Classical Portuguese

Um estudo sobre o emprego de vírgula antes de oração completiva no português europeu clássico

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