O artigo situa o debate sobre o currículo, o IDEB e a educação para as relações étnico-raciais a partir da emergência do debate racial no plano das políticas públicas educacionais. Este promovido por meio da re-articulação do movimento negro, conhecido como movimento negro contemporâneo, em consonância com intelectuais engajados no debate racial e um contexto internacional de eventos e acordos que resultaram no reconhecimento da existência de racismo no Brasil. Esse fato somado a outros culminou na promulgação em 2003, da Lei nº 10.639, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, da Resolução 03/2004 e do Parecer do Conselho Nacional de Educação/Conselho Pleno 001/2004. A alteração do arcabouço legal atuou em consonância com o debate sobre os processos de identificação e sobre a cultura, que passam então a demandar a partir do reconhecimento e da afirmação positiva da diferença mudanças curriculares que vão da prática pedagógica ao conteúdo curriculr, passando pelos materiais didáticos. Essas alterações, por sua vez, orientam novas abordagens teóricas e metodológicas à formação de professores. A formação de professores, por sua vez, adquire um caráter que diverge da atualiação de conhecimentos e práticas passando a formar, de fato, professores e professoras a partir de perspectivas que reconheçam a diferença como inerente as culturas que constituiem a comunidade escolar. A pesquisa, abordou ainda depoimentos de professores sobre a prática docente quanto ao tema, propondo, como conclusão um esboço crítico sobre o IDEB em relação e a educação para as relações étnico-raciais.Palavras-Chave: Educação para as Relações Étnico-Raciais; Currículo; IDEB.