“…O afastamento do trabalho gera um processo de rupturas importantes capazes de desestruturar a identidade do indivíduo, pois impede o reconhecimento de seu papel social e lhe atribui um lugar de doente (Zavarizzi & Alencar, 2018). O afastamento do trabalho, enquanto uma consequência do adoecimento ou acidente, pode transformar-se em uma experiência permeada por sentimentos negativos (Amaral, 2020;Dutra, Costa, & Sampaio, 2016;Gonçalves & Buaes, 2011;Ogeda & Cruz Lima, 2018;Ramos, Tittoni, & Nardi, 2008;Zavarizzi & Alencar, 2018), de insuficiência, depreciação de si mesmo, medo e fraqueza, visto que, muitas vezes, o trabalhador precisa comprovar que sua impossibilidade de realização da atividade profissional (Ramos et al, 2008). O processo de adoecimento é, por si só, vivenciado com muitas perdasde capacidades laborais, danos físicos e psíquicos -e lutos pelas limitações na vida pessoal, geravam vivências de sofrimento (Amaral, 2020).…”