“…No Brasil, no século passado, a violência sexual cometida contra mulheres e crianças era julgada a partir do ataque à dignidade de quem a sofreu. No contexto patriarcal, presente na ideologia judaico-cristã que orienta as condutas das nações ocidentais, a violência sexual ainda é considerada um "crime de vergonha, sem vítimas" (POLAC, 2015, p. 18), pois, a mulher é colocada no banco dos réus e, em muitos casos, tem que provar que não teve culpa pela violência sofrida, Polac (2015) aponta ainda que se não comprovada sua virgindade, a mulher violentada desonra a família.…”