Várias iniciativas da sociedade brasileira vêm procurando avançar nas políticas públicas de atenção integral em Saúde do Trabalhador e o maior avanço foi o reconhecimento constitucional como área contida no âmbito da saúde pública. No entanto, os obstáculos ainda são grandes. Os recursos materiais e quadro de pessoal capacitado ainda é insuficiente e os indicadores nacionais colocam o país em situação crítica em relação às nações socialmente mais desenvolvidas. Nesse sentido, cabe a reflexão respeito da atuação da Fisioterapia nesse campo. Entre as especialidades fisioterapêuticas, a Saúde do Trabalhador e Ergonomia vêm aumentando em relevância, com um crescente número de profissionais atuando nessa área. As Resoluções do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia ocupacional forneceram clareza sobre os papéis dos fisioterapeutas dentro desta especialidade, mas ainda há muito a percorrer para que, cada vez mais, essa área de atuação seja reconhecida pelas empresas, governo, sociedade e, principalmente, pelos trabalhadores, foco dessa atuação. Os órgãos representantes da categoria e as Instituições de Ensino Superior têm papel importante para divulgar, explicitar melhor a área e trabalhar mais as disciplinas relacionadas à saúde do trabalhador, bem como conduzir esses profissionais ao que lhes cabe realizar nessa área.