“…Diversas são as perspectivas e metodologias expressas em publicações na área da Educação em Ciências que propõem o tratamento dos chamados conhecimentos cotidianos, contextuais, primeiros (primevos), populares, tradicionais, dentre outras denominações que restituem a importância desses saberes para a ciência escolar e a vida cotidiana. De modo resumido, encontramos abordagens que se propõem a: contextualizar os conteúdos da ciência frente aos desafios da sociedade contemporânea e defender uma formação crítica e cidadã como é o caso da CTSA-Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente (Santos, & Mortimer, 2000); resgatar a ciência dos saberes populares como modo de produzir novos saberes escolares, valorizando os conhecimentos locais e promovendo diálogos na comunidade (Chassot, 2016;Xavier, & Flôr, 2015); desenvolver um perfil de concepções, no qual as novas ideias adquiridas no processo de ensino-aprendizagem passam a conviver com as ideias anteriores, reconhecendo a heterogeneidade dos modos de pensar e dizer e seus empregos situados epistêmica, histórica e socioculturalmente (Mortimer, 2001;Mortimer, Scott, Amaral, & El-Hani, 2014); até, mais recentemente, defender a integração, intercultural, destes conhecimentos na formação de professores e no currículo escolar (Aikenhead, & Michell, 2011;Crepalde, Klepka, & Halley, 2017;Kanu, 2011).…”