Este artigo buscou analisar os efeitos de áreas agrícolas urbanas na intensidade das ilhas de calor em Florianópolis – SC. Os procedimentos metodológicos consistiram na coleta de dados em 12 pontos fixos distribuídos em 3 áreas agrícolas urbanas, 8 em áreas intraurbanas e 1 em área sem a presença de materiais construtivos, no mês de fevereiro de 2019. Os resultados obtidos revelaram a variação espacial e temporal da intensidade da temperatura do ar, associada aos usos e ocupação da terra no entorno e aos diferentes sistemas atmosféricos atuantes no mês de estudo. Durante o período diurno (9h, 15h), foram detectadas as maiores intensidades da temperatura do ar, em que os pontos localizados ao Sul da ilha de Santa Catarina (pontos 1, 2, 3 e 4), incluindo os de agricultura urbana (pontos 1 e 2), com cobertura vegetal, se apresentaram mais aquecidos que os demais. Durante a noite, as intensidades das temperaturas diminuíram, com destaque para as áreas agrícolas estudadas, que em muitos dias converteram-se em ilhas de frescor, o que demonstra a importância desse tipo de uso da terra na redução das temperaturas em ambiente urbano.