A feijoa (Acca sellowiana), também conhecida como goiabeira-serrana, é uma espécie frutífera nativa do planalto meridional brasileiro e do norte do Uruguai. No Brasil, a espécie se encontra principalmente nos biomas Pampa e Mata Atlântica, neste último parte da fitofisionomia da Floresta Ombrófila Mista. A espécie foi introduzida em outros países, fora da sua área natural de ocorrência. O objetivo deste trabalho é analisar o processo de introdução e do uso da feijoa fora e dentro da sua área de ocorrência natural. Faz parte da História Ambiental estudar as relações dos homens e mulheres com o meio ambiente; desta forma, o estudo da domesticação da feijoa se insere neste contexto. Mesmo o Brasil sendo a principal área de ocorrência natural da feijoa, ainda é importador das frutas produzidas na Colômbia – maior país exportador da espécie. No Brasil, a feijoa tem se destacado ainda recentemente em termos de pesquisa e uso. A fruta, já bastante conhecida e utilizada no exterior, vem ganhando espaço no cenário nacional, possibilitando a manutenção de uma espécie nativa e auxiliando na conservação da floresta a qual ela pertence.Palavras-Chave: Feijoa; Domesticação de Plantas; Usos dos Recursos Naturais.
Após a década de 1970, com o alerta a uma iminente crise ambiental, as questões ligadas ao meio ambiente passaram a serem discutidas em diversas áreas do conhecimento. No entanto, muitas pesquisas direcionadas pelo paradigma da ciência moderna, mantiveram-se conservadoras e relutantes à proposta transdisciplinar.
O Oeste de Santa Catarina passou por diversas transformações ambientais, em sua maioria provocados pela antropização da paisagem. O desmatamento foi intensificado na primeira metade do século XX, após o processo de ocupação da região e em função das atividades madeireiras. Com o desmatamento houve uma redução do volume madeirável, possibilitando a intensificação de outras atividades econômicas, como agropecuária e monocultura de árvores exóticas. Estas atividades, alteraram significativamente os grupos sociais que viviam na região. O objetivo deste artigo é analisar o processo histórico da transformação ambiental no Oeste catarinense, após o processo de ocupação da região. Para atingir os objetivos propostos utilizaremos como fontes: relatórios de governo, censos demográficos, relatórios das companhias colonizadoras, os periódicos regionais e estaduais e a legislação federal. Na década de 1960 foi criado o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF) e promulgado o Código Florestal em 1965, que atuaram de forma intensa na região. Somente com a promulgação da Constituição Federal de 1988 é que a Mata Atlântica passa a ser considerada patrimônio nacional, havendo, de certa maneira, maior controle nas ações sobre o meio ambiente.
Das pequenas produções à agroindústria: suinocultura e transformações na paisagem rural em Chapecó, SC Resumo O município de Chapecó, localizado no oeste do estado de Santa Catarina, passou por diversos momentos de transformações ambientais desde a sua criação, em 1917. Mesmo antes desse período, já havia grupos humanos habitando o local e interagindo com o mundo natural. No entanto, partir do século XX, a região Oeste de Santa Catarina passou a receber migrantes de descendência europeia oriundos de outras colônias, principalmente, do Rio Grande do Sul, em busca de terras para lavoura. O governo do Estado concedeu terras devolutas a algumas companhias colonizadoras, as quais ficaram encarregadas por dividir essas terras em lotes que seriam vendidos aos colonos. Este estudo visa analisar os desdobramentos em torno da criação dos suínos, a partir da segunda metade do século XX, ligada à expansão da agroindústria e às transformações ambientais na região Oeste de Santa Catarina. Mesmo com a longa datação de ação antrópica na região, é inegável que nos últimos cinquenta anos do século XX, as transformações ambientais tornaram-se mais intensas.
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