Resumo: A Sars-CoV2 afetou todos os grupos sociais, de distintas formas, a depender da classe, raça e gênero. As instituições religiosas também tiveram de se adaptar ao quadro caótico. Este artigo delineia o modo como a comunidade islâmica brasileira reconfigurou suas práticas devocionais durante o mês do Ramadan, utilizando, de forma mais sistemática, as redes sociais para manter os fiéis em casa. Também aborda como isso vem sendo realizado nos dias de hoje, com a abertura das mesquitas e salas de oração (mussalas). Destaco que, mesmo seguindo os protocolos, os muçulmanos não estiveram imunes ao enfrentamento da doença, nem a problemas antigos vivenciados fora e dentro Brasil, que envolvem reações islamofóbicas, sobretudo quando se trata da vestimenta usada por mulheres.