“…No entanto, frentes mais recentes, que buscam inserir o valor social na estratégia corporativa, passaram a criticar frequentemente tal perspectiva, em razão da visão normativa de obrigação moral, relacionada à responsabilidade das organizações; da ênfase na gestão das externalidades; do paradoxo entre os interesses econômicos e sociais ora estabelecidos (Lantos, 2001;Mackey & Sisodia, 2014;Porter & Kramer, 2006, 2011); e da associação negativa com práticas equivocadas, conhecidas por social washing e green washing, que envolvem táticas empresariais para fazer figurar uma imagem positiva perante os públicos, porém, sem a consistência de atuação nas questões sociais (Laufer, 2003;Streit, 2014 (Freeman, 1984). Isso ampliou o foco da função-objetivo das empresas, do shareholder, premissa básica da Teoria da Firma, para os stakeholders (Boaventura, Cardoso, Silva, & Silva, 2009); como forma de, inclusive, produzir melhores resultados financeiros (Harrison, Bosse, & Phillips, 2010).…”