Empresas atuando no mercado de baixa renda adotam distintas estratégias, dependendo da ênfase que atribuem a preços, benefícios agregados ou proximidade física ao consumidor. No entanto, a escolha da melhor estratégia depende da compreensão das características desse mercado e das variáveis que afetam o comportamento do consumidor. O sucesso da estratégia irá refletir o acerto da empresa em identificar a equação que gera a percepção de valor nesse tipo de mercado.
Em 2006, Muhammad Yunus, o conhecido "banqueiro dos pobres", ganhou o Prêmio Nobel da Paz em reconhecimento ao seu trabalho com microcrédito e aos seus esforços para a redução da vulnerabilidade dos pobres em Bangladesh. Desde então, os chamados negócios sociais ganharam força e se tornaram referência para modelos inovadores de negócio preocupados em gerar impacto na sociedade e melhorar o mundo.Os negócios sociais têm sido conceituados de várias formas, apresentando diversas nomenclaturas: negócios sociais, negócios com impacto social, negócios inclusivos, negócios de impacto, etc. Neste artigo, usaremos o termo "negócios de impacto", que se refere basicamente a organizações que almejam gerar impacto social a partir da oferta de produtos e serviços que diminuam a vulnerabilidade da população de baixa renda e, desta forma, tenham um retorno financeiro. Não se discutirá aqui o uso desse resultado, ou seja, se ele se reverte aos acionistas na forma de lucros ou dividendos, ou se é reinvestido inteiramente no negócio.Apesar do crescente interesse no tema, ainda há muito ceticismo em relação aos negócios de impacto. Afinal, como associar retorno financeiro e impacto social, dois elementos historicamente vistos como antagônicos? Mesmo no conceito mais tradicional proposto por Yunus, os negó-cios de impacto buscam resultados financeiros para que a organização possa ser autossustentável.Com este pano de fundo, queremos aqui discutir se é possível pensar os negócios de impacto como uma tendência de longo prazo ou se seriam mais um modismo, com um nome diferente, para questões de responsabilidade social e sustentabilidade. NOVO CONCEITO OU NOVA ROUPAGEM?De um lado, há séculos convivemos com organizações cujo principal propósito é o impacto social. ONGs e organizações da sociedade civil existem há muito tempo com essa finalidade, e são extremamente importantes para a melhora da sociedade.De outro lado, podemos afirmar que todas as organizações possuem algum impacto social. É difícil negar o impacto do Facebook, por exemplo, que permite a conexão de bilhões de pessoas em uma rede mundial. Mesmo os bancos, talvez as mais capitalistas das organizações, exercem forte impacto social, primeiro pelo simples fato de empregarem milhares de pessoas, e, em seguida, pela
How can entrepreneurs protect their wellbeing during a crisis? Does engaging agility (namely, opportunity agility and planning agility) in response to adversity help entrepreneurs safeguard their wellbeing? Activated by adversity, agility may function as a specific resilience mechanism enabling positive adaption to crisis. We studied 3162 entrepreneurs from 20 countries during the COVID-19 pandemic and found that more severe national lockdowns enhanced firm-level adversity for entrepreneurs and diminished their wellbeing. Moreover, entrepreneurs who combined opportunity agility with planning agility experienced higher wellbeing but planning agility alone lowered wellbeing. Entrepreneur agility offers a new agentic perspective to research on entrepreneur wellbeing.
The article focuses on how the analysis of stakeholders’ emotions online can help companies facing a social media crisis determine the response strategy that will best minimize the reputational threat. The article indeed questions the relevance of classical crisis management theory to an online environment. Results show that social media have increased the unpredictability of corporate crises. Consequently, on social media, crises cannot be addressed with the methods that have prevailed so far. Rather, incorporating emotion‐based analysis in six case studies showed how crisis analysis, and the subsequent response strategy, could be fine‐tuned. The article builds on recent literature to develop a new analytical framework for response strategies and a model for crisis resolution—the social media crisis management matrix.
INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS Negócios com impacto socialEdgard Barki | edgard.barki@fgv.br Os negócios com impacto social propõem um modelo de organização híbrida que combina as competências do setor privado com os conhecimentos de gestão social do Terceiro Setor. São organizações que objetivam resolver problemas sociais, utilizando mecanismos de mercado. Elas vão além do lucro e apresentam uma visão humanista, buscando um capitalismo inclusivo. É um setor relativamente recente, mas que vem ganhando força em um momento em que as pessoas querem trabalhar com um significado maior. O Brasil conta com várias empresas com essa visão, além de aceleradoras, investidores e diversos outros atores que estimulam o setor. O professor Edgard Barki (FGV-EAESP), coorganizador do livro pioneiro no assunto (Negócios com impacto social no Brasil, Editora Peirópolis, 2013), apresenta abaixo cinco sugestões para aprofundamento no tema. IMPACT INVESTING: Transforming how we make money while making a differenceAntony Bugg-Levine e Jed Emerson. San Francisco: Jossey Bass, 2011. 336 p. Este é o primeiro livro publicado sobre esse campo emergente. Destaca seus pioneiros e líderes, e discute as condições que conduzirão o seu crescimento. Conforme os autores, "os investimentos de impacto reconhecem que os investimentos podem objetivar retornos financeiros e ao mesmo tempo endereçar intencionalmente os desafios sociais e ambientais". Com diversos exemplos, fornece um roteiro claro, conciso e articulado para a compreensão dos investimentos de impacto. Este livro explica os conceitos relacionados a negócios com impacto social, diferenciando os negócios sociais de empreendedorismo social. Oferece uma visão sobre o que são e como funcionam esses negócios, uma análise do perfil dos empreendedores sociais e de seus colaboradores e uma discussão sobre modelos de negócios e estratégias que podem ser pensados para essas organizações. Por fim, discute a relação do empreendedorismo social com o mercado e a sociedade. SOCIAL ENTREPRENEURSHIP AND SOCIAL BUSINESS: An introduction and discussion with case studies THE POWER OF UNREASONABLE PEOPLE: How social entrepreneurs create markets that change the worldJohn Elkington e Pamela Hartigan. Boston: Harvard Business Review Press, 2008. 242 p. Os autores analisam o papel e a forma de identificar oportunidades e desenvolver negócios dos empreendedores sociais, considerados agentes de mudança, que trabalham de modo "não razoável", pois, ao invés de se adaptarem ao mundo, trabalham para que o mundo se adapte e se torne um local melhor e mais inclusivo. O livro descreve um novo perfil de líder que está inovando a maneira de se fazerem negócios no mundo. SOCIAL ENTREPRENEURSHIP: What everyone needs to knowDavid Bornstein e Susan Davis. New York: Oxford University Press, 2010. 147 p. Mais ligado ao empreendedorismo social, este livro é praticamente um guia que explica, de maneira simples e sintética, o que é e o que faz um empreendedor social, quais os seus principais desafios e como esse movimento pode...
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