RESUMO A partir de sua inserção em campos do estágio o aluno da graduação é frequentemente exposto aos mesmos riscos que a equipe assistencial. Realizou-se uma pesquisa descritiva e de abordagem quantitativa entre alunos de graduação dos cursos de medicina e enfermagem de uma universidade privada, objetivando-se determinar a incidência de acidentes com material perfurocortante, a taxa de seguimento e os conhecimentos em relação às práticas seguras. A coleta de dados ocorreu por meio de questionário semiestruturado (aspectos demográficos, conhecimento e atitude dos alunos para a adoção de medidas de biossegurança, acidentes envolvendo materiais perfurocortantes, esquema de vacinação e condutas tomadas após a ocorrência do acidente). A incidência dos acidentes entre alunos de enfermagem foi de 3,4% e entre os de medicina, 23,8%. O reencape de agulhas foi citado como possível de ocorrer sempre, e, às vezes, para 63,8% dos alunos de medicina e 32,5% dos de enfermagem. O nível de conhecimento das medidas de biossegurança mostrou-se pouco satisfatório. Sugere-se a abordagem desse conteúdo com vista a aprimorar condutas e crenças, vislumbrando-se, para o futuro, profissionais conscientes, reflexivos e seguros de sua prática, de modo a garantir a ênfase na redução de riscos para o profissional e para o paciente.