Com o surgimento da doença na década de 1980, o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) exerceu um papel fundamental na construção de representações sociais do HIV/aids e dos seus acometidos e configurou um grande problema de saúde pública. Objetivo: O trabalho tem como objetivo analisar a representações sociais dos profissionais de saúde da região sudeste acerca do cuidado às pessoas que vivem com HIV/Aids. Metodologia: Tratase de um estudo qualitativo, apoiado na Teoria de Representações Sociais, desenvolvido na região sudeste do Brasil, nos municípios de Rio de Janeiro e Niterói. A coleta de dados foi realizada em Serviços de Assistência Especializada (SAEs) e Centros de Testagem e Aconselhamento (CTAs). Participaram do estudo 241 profissionais de saúde que atuavam diretamente no cuidado às pessoas vivendo com HIV. Para a coleta de dados foi aplicando um questionário de caracterização sociodemográfica e a técnica de evocações livres de palavra ao termo indutor "cuidado à pessoa com HIV/Aids" no ano de 2012. A análise dos dados ocorreu através da análise estrutural com o uso do software EVOC 2005 e do quadro de quatro casas. Resultados: na análise da estrutura da representação do "cuidado a saúde", identificaram-se, no possível núcleo central, os elementos positivos: amor, acolhimento, informação, cuidado, atenção e adesão-tratamento, que sugerem um cuidado ético, desprovido de preconceito, empático e acolhedor, viabilizando a assistência terapêutica e a redução do estigma da doença, características da dimensão do cuidado. Conclusão: As representações sociais do cuidado de saúde estão voltadas para aproximação da adesão ao tratamento através da educação em saúde e de estratégias relacionais entre profissionalusuário, impactando na morbimortalidade desse grupo.