“…Nesse sentido, o crescimento dos casais inter-raciais (apenas 12% dos casados brasileiros em 1960) é constante, sendo maior de 1980 (20%) a 2000 (29,1%): período de expansão educacional nacional e quando pardos crescem em todas as combinações conjugais (Ribeiro;Silva, 2009, tabela 2). Assumindo que educação e tamanho relativo dos grupos de cor sejam variáveis relevantes para a miscigenação conjugal (Poli, 2006;Ribeiro;Silva, 2009), seus progressos ininterruptos, apesar de curtos, se coadunam com a pioneira autoclassificação majoritária (55,8%) de pardos e pretos em 2000 (Petruccelli;Saboia, 2013) e a superação da fertilidade branca (1,3 filho por mulher) por pretas e pardas (ambas com 2,1 filhos) em 2010, quando o crescente segmento indígena alcançou 3,88 filhos por mulher e 35% de exogamia conjugal (IBGE, 2012).…”