Introdução: A síndrome metabólica é uma condição médica complexa e multifatorial, caracterizada pela presença simultânea de vários fatores de risco metabólicos, incluindo obesidade abdominal, hipertensão arterial, elevação dos níveis de triglicerídeos, diminuição do colesterol HDL e aumento da glicemia de jejum. Essa síndrome é um importante problema de saúde pública em todo o mundo. A fisiopatologia da SM é complexa e envolve a interação de vários sistemas fisiológicos, incluindo o sistema endócrino, o sistema nervoso e o sistema cardiovascular. Seu diagnóstico é aventado com base em critérios clínicos e laboratoriais. Quanto ao tratamento, este envolve uma abordagem multifatorial que visa reduzir os fatores de risco e prevenir o desenvolvimento de complicações. As mudanças no estilo de vida (MEV), são a base do tratamento. Entretanto, em casos mais graves, principalmente associados à obesidade, a cirurgia bariátrica pode ser necessária. Metodologia: estudo de revisão integrativa da literatura nas bases de dados PubMed e SCIELO, utilizando os descritores: “Síndrome Metabólica", “Cirurgia Bariátrica” e "Tratamento da obesidade”. Foram selecionados 12 artigos publicados a partir de 1998. Discussão: De acordo com Fortes el al., as intervenções cirúrgicas em indivíduos com diabetes mellitus tipo 2 (DMT2) e IMC entre 30 e 34,9 kg/m2C apresentam melhores resultados que os tratamentos puramente clínicos. Nesse sentido, em 2019, a cirurgia metabólica foi incluída no SUS como opção de tratamento para indivíduos com síndrome metabólica e DMT2 . Em se tratando da cirurgia, segundo Fortes et al, as técnicas utilizadas se diferenciam em relação ao volume residual do estômago e ao grau de absorção intestinal. É inegável que a perda de peso implica diretamente na redução da mortalidade cardiovascular devido a remissão da hipertensão, do diabetes, da dislipidemia e da apneia do sono após a cirurgia. Apesar da grande importância cirúrgica no tratamento da SM, é importante considerar que a indicação deve ser individual e baseada numa análise completa do paciente. Conclusão: A cirurgia bariátrica não é um procedimento isento de riscos e também não é irreversível, já que, para obter um resultado duradouro, o paciente deve seguir hábitos saudáveis e torná-los prática definitiva em sua rotina.