Neste artigo apresento uma análise sobre a relação entre atribuição do Caso abstrato e marcas morfológicas de caso na língua Ka’apor. Mostro que esta língua apresenta alternância na marcação do sujeito e do objeto, mas que são fenômenos resultados de processos diferentes. Em relação ao sujeito, assumo que esta língua apresenta atribuição diferente do Caso abstrato. Alguns sujeitos recebem o Caso resultado de relações estruturais e outros o Caso inerente tendo em vista que estão evolvidos determinados papéis temáticos. Já os objetos recebem uniformemente o Caso abstrato via relações estruturais, mas apresentam marcas morfológicas diferentes conforme sejam ou não altos considerando a escala de animacidade e de definitude.