Refugiados no Brasil: Estigma, Subjetividade e Identidade

Abstract

ResumoO presente trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa etnográfica realizada no Estado do Rio de Janeiro e no Distrito federal. Teve como foco as experiências de estigmatização de sujeitos na condição de refugiados no Brasil, do ponto de vista identitário e subjetivo. Tais experiências referem-se tanto a problemas de comunicação intercultural quanto a conflitos internos entre os refugiados, intensificados pelo contexto de migração forçada. Em particular, a discriminação racial desempenha um papel importante nas dificuldades de inserção social dos refugiados oriundos do continente africano.Palavras-chave: Subjetividade social. Diáspora. Preconceito racial. Direitos humanos. IntroduçãoUlisses (também chamado de Odisseu) sabia antes de ir a Tróia, que decorreriam vinte anos para o seu retorno à sua ilha rochosa de Ítaca. Permaneceu em Tróia por dez anos e por outros dez singrou os oceanos, naufragou, acabando distante de todos os seus companheiros, freqüentemente com a vida por um fio, até que no vigésimo ano, chegou mais uma vez às praias de sua ilha natal. Chegando a Ítaca, viu que ali não era mais o seu reinado, nem mesmo sua esposa, Penélope e seu filho Telêmaco o reconheceram. O grande herói que derrubou Aquiles em 1 Referente à pesquisa "Refugiados no Brasil: Identidade e Subjetividade", realizada no V Programa de Iniciação Científica do UniCEUB. 2 Graduada em psicologia pelo UniCEUB, membro do grupo de estudos interdisciplinares Diálogo (UniCEUB). 3 Mestre e doutor em antropologia social pela UnB, professor do curso de psicologia do UniCEUB, coordenador do grupo de estudos interdisciplinares Diálogo (UniCEUB).

Desafios da saúde da população LGBTI+ no Brasil: uma análise do cenário por triangulação de métodos

“…As tensões são múltiplas, internas e externas à sigla, e incluem desde a luta histórica contra as epidemias de HIV/Aids, a implementação da Política Nacional de Saúde Integral de LGBT (PNSI-LGBT), as distintas modalidades de violência sofridas, o denominado "processo transexualizador" no Sistema Único de Saúde (SUS), a suposta "cura gay" e procedimentos cirúrgicos mutiladores em recém-nascidos(as) intersexuais, entre outros desafios [8][9][10][11] . As especificidades da saúde LGBTI+ ainda se interseccionam com as de outros segmentos, que compartilham o fato de serem historicamente marcados pelo estigma, pela discriminação e pe-las violências: mulheres, negros(as), indígenas, imigrantes e refugiados(as), pessoas com deficiência, para citar alguns 4,12,13 .…”

Health challenges in the LGBTI+ population in Brazil: a scenario analysis through the triangulation of methods

“…The tensions are multiple, both inside and outside of the acronym, and include from the historical struggle against the HIV-AIDS epidemics to the implementation of the National Policy for the Comprehensive Health of LGBT (PNSI-LGBT, in Portuguese), the distinct modalities of violence that these people suffered, the gender-affirming procedures in SUS, the supposed "gay cure", mutilating surgical procedures in intersex newborns, among other challenges [8][9][10][11] . The specificities of the LGBTI+ Health still intersect with those of other segments, which share the fact of being historically marked by the stigma, by discrimination, and by violence: women, blacks, Indigenous, immigrants and refugees, the disabled, just to name a few 4,12,13 .…”