RESUMOA doença do refluxo gastroesofágico decorre do fluxo de conteúdo gastroduodenal para o esôfago e/ou para os órgãos adjacentes, o que leva à ampla gama de sinais e implicações clínicas. É desconhecida a incidência de refluxo gastroesofágico transoperatório em caninos. O objetivo deste trabalho foi, por meio da endoscopia flexível, avaliar a presença do refluxo gastroesofágico em cadelas submetidas a ovário-histerectomia com base nos fármacos analgésicos utilizados na medicação pré-anestésica (morfina, tramadol ou metadona). Concluiu-se que não houve diferença na incidência de refluxo gastroesofágico transoperatório, não tendo os fármacos testados influenciado de forma diferente esse comportamento; porém, alguns animais do grupo morfina apresentaram êmese pré-operatória. A gravidade dos refluxos foi maior nas cadelas submetidas ao uso da metadona, de acordo com o método de avaliação utilizado para esta pesquisa. Moraes-Filho, 2006; Carvalhaes et al., 2011; Abrahão Jr., 2014). Várias espécies são acometidas por esse evento e diversas podem ser as etiologias (Favarato et al., 2010).Recebido em 27 de outubro de 2016 Aceito em 3 de dezembro de 2016 *Autor para correspondência (corresponding author) E-mail: mauriciovelosobrun@hotmail.com Em cães, a anestesia geral é uma das principais causas de esofagite, devido à redução do tônus esfíncter esofagogástrico, precipitada por alguns fármacos (Favarato et al., 2010). O RGE pode incorrer em algumas consequências, tais como: azia, regurgitação, esofagite (Münster et al., 2013); pneumonia aspirativa (Nogueira et al., 2003) e estenose esofágica (Vlasin et al., 2004;Silva et al., 2010;Oliveira et al., 2013). O RGE em humanos ainda está fortemente associado ao http://dx