Objetivou-se analisar autopercepção e necessidades de saúde de um grupo populacional em um município de Santa Catarina. Foi realizado estudo descritivo-transversal, com 255 usuários de terminal rodoviário urbano. Utilizou-se questionário para coleta de dados demográficos, de autoavaliação de saúde, condição funcional, morbidade, necessidades de saúde. Dados quantitativos foram analisados por estatística descritiva e inferencial, com teste qui-quadrado de Pearson, a 5% de significância, no programa Statistical Package for Social Sciences. Dados qualitativos foram tratados por análise de conteúdo. A amostra foi composta predominantemente por mulheres (64,3%; 164), adultas (72,2%; 184), com ensino médio completo (39,2%; 100). A prevalência de autoavaliação de saúde negativa foi de 35,7% (91), maior entre idosos (54,2%; 32), portadores de morbidades (44,3%) e/ou de limitações funcionais (70,8%; 46). As necessidades de saúde foram relacionadas ao estilo de vida (62,4%; 151) e ao acesso a bens/serviços de saúde (26,4%; 64), estando associadas à autoavaliação de saúde. O perfil de idade e escolaridade observado explica a prevalência de autopercepção de saúde positiva e necessidades em dimensões biopsicossociais da vida. Sugere-se que os profissionais de saúde reflitam sobre percepções e necessidades de saúde dos usuários, como recurso para redução de vulnerabilidades e promoção da saúde.