Partindo de uma análise conceptual e documental sobre a saúde mental e as implicações da desinstitucionalização da assistência psiquiátrica, neste artigo é efectuada uma revisão bibliográfica sobre os factores analíticos do conceito de sobrecarga de cuidadores familiares, que serve de base à compreensão de dois modelos de intervenção familiar aqui apresentados: o modelo de Twigg e Atkin centrado no problema e que sustenta uma expansão do conceito de cuidador, na óptica da intervenção profissional, e o modelo de Salleebey que focaliza as forças e as oportunidades dos sujeitos envolvidos, num processo dialéctico em que se enquadram processos de mediação, “advocacy” e “empowerment”. Sendo a saúde mental uma área de intervenção multidisciplinar, é perspectivado o agir profissional dos assistentes sociais face ao tema em análise, focando algumas dimensões teóricas, éticas e políticas.