2019
DOI: 10.1590/1678-987319277104
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Quem ganha o quê, quando e como? Emendas orçamentárias em Saúde no Brasil

Abstract: RESUMO Introdução: Segundo o senso comum, emendas parlamentares individuais favoreceriam o clientelismo e drenariam recursos de programas nacionais para projetos ineficientes e pulverizados. Não obstante, emendas individuais, principalmente as voltadas para a área de saúde, ganharam espaço no orçamento federal. Os objetivos deste artigo são verificar se as emendas ao orçamento da saúde se concentram nos municípios que mais demandam recursos e identificar fatores que afetam a escolha que cada deputado federal f… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
2
1

Citation Types

0
0
0
7

Year Published

2020
2020
2023
2023

Publication Types

Select...
5

Relationship

0
5

Authors

Journals

citations
Cited by 6 publications
(7 citation statements)
references
References 29 publications
0
0
0
7
Order By: Relevance
“…Destaca-se que os gestores públicos usam o conhecimento produzido pelas análises dos economistas da saúde para enfrentar uma gama de obstáculos na implementação das estratégias de saúde, sobretudo, precisam superar uma gama de informações de baixa qualidade quando estão diante de situações adversas socialmente. Não obstante, os economistas da saúde precisam gerar informações relevantes e no tempo oportuno, sem as quais os gestores públicos serão incapazes de inseri-las nas rotinas, nas pressões cotidianas do diálogo político e na defesa de formas mais equitativa e eficiente de recursos públicos (Baião;Couto, & Oliveira, 2019).…”
Section: Discussionunclassified
See 2 more Smart Citations
“…Destaca-se que os gestores públicos usam o conhecimento produzido pelas análises dos economistas da saúde para enfrentar uma gama de obstáculos na implementação das estratégias de saúde, sobretudo, precisam superar uma gama de informações de baixa qualidade quando estão diante de situações adversas socialmente. Não obstante, os economistas da saúde precisam gerar informações relevantes e no tempo oportuno, sem as quais os gestores públicos serão incapazes de inseri-las nas rotinas, nas pressões cotidianas do diálogo político e na defesa de formas mais equitativa e eficiente de recursos públicos (Baião;Couto, & Oliveira, 2019).…”
Section: Discussionunclassified
“…Ano após ano, cada parlamentar brasileiro realiza uma série de emendas ao orçamento federal para beneficiar um ou mais municípios de sua escolha e esses por sua vez beneficiam grupos que nem sempre necessitam dos recursos para promover qualidade de vida e bemestar. A Constituição de 1988 reabilitou a participação do Legislativo, após um período ditatorial, em que apenas o Executivo definia o gasto público (Baião;Couto, & Oliveira, 2019).…”
Section: Introductionunclassified
See 1 more Smart Citation
“…Dessa forma, a alocação de emendas não parece ser guiada prioritariamente por esse critério individual de apoio político, sendo mais relacionada com o pertencimento à coalizão de governo.Análises mais recentes buscaram explorar o papel de outros atores na política distributiva.Batista (2015) estuda o papel dos ministros na alocação das emendas, mostrando haver um viés partidário na execução dos recursos particularistas. Esse papel dos ministros é revisitado por Baião, Couto e Jucá (2018), que analisam também o papel dos líderes e das normas fiscais para a política distributiva Baião, Couto e Oliveira (2019). exploram o papel da "necessidade" por recursos para explicar a execução das emendas.Os autores mostram, considerando a área de saúde pública, que a política é determinante e que as emendas não são alocadas para os municípios que mais precisam, e sim para os que são alinhados.Esse debate com foco nas emendas parlamentares é bastante desenvolvido no Brasil.…”
unclassified
“…9 Em 2015, foi aprovada a Emenda Constitucional 86 que estabelece a execução obrigatória das emendas em montante correspondente a 1,2% da receita corrente líquida. Essa emenda aumentou a autonomia dos parlamentares e enfraqueceu o poder de barganha do Executivo, que perdeu influência sobre a execução das emendas(Baião, Couto e Oliveira, 2019).…”
unclassified