The article provides a non-technical introduction to the p value statistics. Its main purpose is to help researchers make sense of the appropriate role of the p value statistics in empirical political science research. On methodological grounds, we use replication, simulations and observational data to show when statistical significance is not significant. We argue that: (1) scholars must always graphically analyze their data before interpreting the p value; (2) it is pointless to estimate the p value for non-random samples; (3) the p value is highly affected by the sample size, and (4) it is pointless to estimate the p value when dealing with data on population.
A qualidade da burocracia local reduz as falhas na implementação de recursos de transferências federais pelos municípios brasileiros? Este trabalho analisa o processo de implementação de políticas que fazem uso de recursos federais, com foco nas irregularidades identificadas na implementação. Dados do “Programa de Sorteios Públicos” da Controladoria-Geral da União, com amostra aleatória dos municípios brasileiros (2003-2004), são usados como medida de qualidade de implementação. Como fator explicativo principal, são analisadas quatro medidas da qualidade da burocracia: a inadequação, o quantitativo, a qualificação e a ausência de politização. Com o uso de modelo binomial negativo, os resultados indicam que quanto maior a inadequação da burocracia, maior o número de falhas de implementação e de irregularidades na gestão de recursos federais; e quanto maior o número de funcionários por habitante e a proporção de funcionários com ensino superior, menor o número de falhas e de irregularidades na implementação de recursos federais. Esses resultados indicam a importância da qualidade da burocracia para explicar a implementação de políticas descentralizadas.
Resumo:Qual o papel da Presidência e dos Ministérios na produção legislativa do Poder Executivo? Com base em uma abordagem transacional sobre a relação entre o Presidente e os ministros, busca-se, a partir da identificação da autoria das iniciativas legislativas do Executivo, elencar os fatores que influenciam o Presidente a delegar decisões legislativas para os ministérios ou centralizar as decisões na Presidência. As hipóteses, testadas através de um modelo logístico para eventos raros, são que o aumento da distância ideológica, do número de ministros envolvidos na decisão e da institucionalização da Presidência aumenta a chance de centralização, enquanto o aumento na força legislativa dos partidos dos ministros envolvidos diminui a chance de centralização. Os resultados indicam que tais fatores importam para entender o processo de formulação legislativa dentro do Executivo e a escolha que o Presidente faz.Palavras-chave: presidentes; ministros; governo de coalizão; produção legislativa Abstract: What is the role of the presidency and ministries in the legislative production of the Executive Branch? From a transactional approach to the relationship between the president and ministers we seek, through the identification of the authorship of the legislative initiatives of the Executive, evaluate the factors that influence the president to delegate legislative decisions to the ministries or centralize decisions in the presidency. The hypotheses tested using a logistic model for rare events is that the increase in ideological distance, the number of ministers involved in the decision and the institutionalization of the presidency increases the probability of centralization, while the increase in the legislative strength of the parties of the ministers involved decreases the probability of centralization. The results indicate that these factors matter to understand the process of legislative formulation within the Executive and the choice that the president does.Keywords: presidents; ministers; coalition government; legislative production Introdução 1Muito se argumenta em torno do presidencialismo de coalizão brasileiro e como este possibilitou a dominância legislativa do Executivo no país. A "combinação difícil" entre presidencialismo e multipartidarismo (MAINWARING, 1993) Porém, é um órgão que não apresenta o grau de especialização dos ministérios.
IntroduçãoA difusão do fenômeno da corrupção vem transformando o tema numa das principais preocupações nos países democráticos. Definida como a venda de propriedade do governo por seus integrantes oficiais visando ganho pessoal (Shleifer e Vishny, 1993), a corrupção está intimamente ligada ao processo de representação política e de delegação de poderes para políticos eleitos nos sistemas democráticos.Em teoria, a democracia, mediante o mecanismo da eleição, restringiria a corrupção ao dar ao eleitor a capacidade de recompensar boas práticas e remover do poder os políticos corruptos. Contudo, levantamentos da Transparência Internacional desautorizam uma relação direta entre democracia e ausência de corrupção: há expressiva variação de grau entre os países e ao longo do tempo. As questões fundamentais passam a ser por que os políticos praticam atos corruptos? Quando os políticos se
Palavras-Chave. Presidencialismo, governo de coalizão, relação executivo-legislativo, emendas orçamentárias. IntroduçãoNo presidencialismo de coalizão o apoio político dos partidos da base no Congresso é estabelecido a partir da distribuição de pastas ministeriais para os diferentes partidos que compõem a coalizão governativa (Amorim Neto, 2001). Com o apoio da coalizão o presidente é capaz de aprovar sua agenda legislativa e manter a governabilidade. Este é um ponto suficientemente enfatizado na literatura (Figueiredo e Limongi, 2001). Contudo, pouco ainda se sabe sobre o funcionamento do presidencialismo de coalizão sob a perspectiva do Poder Executivo.O sistema presidencialista apresenta o presidente como chefe absoluto e responsável pelo governo. Contudo, com a distribuição de posições no gabinete para os partidos da coalizão, cada ministro tem controle sobre uma pasta específica, significando em alguma medida influência sobre as decisões tomadas na área. Segundo Martin e Vanberg (2012), tais governos se tornam mais complexos e geram maiores custos de coordenação, tendo em vista que os diferentes partidos governam juntos, mas disputam eleições separadamente. Nesse sentido, os ministros representam partidos com posições políticas e preferências próprias. O presente trabalho parte do pressuposto de que há processos internos de delegação e de coordenação que fazem com que a teoria do Poder Executivo como ator unitário, identificado exclusivamente como o presidente, não seja apropriada para o entendimento dos governos de coalizão brasileiros.Neste sentido, como se dá a relação entre o presidente e os ministros no processo decisório de um governo multipartidário? Qual a influência da coalizão nas decisões do Executivo? Essas questões se tornam ainda mais importantes considerando a dominância legislativa e os fortes poderes orçamen-tários do Executivo federal brasileiro. O presente trabalho foca na participação da coalizão na alocação de recursos do Poder Executivo. O foco especí-fico está nas emendas parlamentares, já que esta é a forma mais diretamente observável de participação dos parlamentares na formulação do orçamento
Does ministry type influence profiles in upper-level bureaucracy? To govern, presidents need to 01. maintain control over the content of public policies, 02. make political concessions that earn them enough parliamentary support to see those policies approved, and 03. build or keep in place the bureaucratic competencies necessary to implement them. We argue that the president makes key appointments according to the nature of the policies of each ministry and their centrality in the executive branch's decision-making process. Employing cluster analysis, we propose an objective classification of ministries into four types: 'coordination', 'redistribution' (social policy and income), 'regulation', and 'distribution'. We also identify their relationship with the profiles of those who have occupied positions in the middle and upper echelons of Brazil's federal bureaucracy-what are referred to in Brazilian nomenclature as 'DAS roles' (in which 'DAS' stands for Direção e Assessoramento Superior)-in the period from 1999 to 2016. Our findings indicate that presidents choose to professionalize the bureaucracy of the 'coordination' and 'redistribution' ministries, to appoint partisans to the bureaucracy of the 'distribution' and 'regulation' ministries, and to allocate partisans of the coalition partners to the ministries controlled by those parties.
With policy, office, and budget combined, the most important ministry is the Ministry of Finance and the least important is the Ministry of Fishery. This indicator is the first step to summarize the differences between ministries that can be used to inform empirical analysis about coalition formation and governance in Brazil.
How do political actors value different portfolios? We propose a new approach to measuring portfolio salience by analysing paired comparisons using the Bradley–Terry model. Paired-comparison data are easy to collect using surveys that are user-friendly, rapid, and inexpensive. We implement the approach with serving legislators in Brazil, a particularly difficult case to assess portfolio salience due to the large number of cabinet positions. Our estimates of portfolio values are robust to variations in implementation of the method. Legislators and academics have broadly similar views of the relative worth of cabinet posts. Respondent valuations of portfolios deviate considerably from what would be predicted by objective measures such as budget, policy influence, and opportunities for patronage. Substantively, we show that portfolio salience varies greatly and affects the calculation of formateur advantage and coalescence/proportionality rule measures.
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