“…Nesse viés, os profissionais voltam sua atuação com explicações culpabilizadoras ao aluno ou sua família pelo não sucesso ou não acompanhamento do ritmo escolar na expectativa da escola.O que almejamos, então, é que teorias estudadas em Psicologia da Educação apresentem e fundamentem, de maneira coerente, o trabalho do professor na educação e junto à atuação em Psicologia Escolar em diálogo que deve se estabelecer na escola entre distintos profissionais. Dizemos isso pois, em uma relação distante e sem compreensão do que faz o psicólogo na escola ou junto a ela, pode-se criar uma concepção de uma Psicologia clínica dentro da escola, individualizando questões que são constituídas no bojo das relações escolares e, se desconsideradas suas relações sociais, culturais, políticas e contextuais, podemos facilmente cair em um lugar comum de buscar uma solução apenas em quem desponta dessa relação: muitas vezes o aluno ou sua família (MOREIRA;COTRIN, 2016). O papel da Psicologia Escolar nas queixas escolares, por exemplo, é justamente a investigação, compreensão e atuação conjunta com todos os atores da trama escolar, movimentando aluno, professor, família e comunidade institucional para pensar e superar o que se cristaliza como queixa -outrora denominada como fracasso escolar ou dificuldades de aprendizagem ou problemas de comportamento 3 (LEONARDO, LEAL,ROSSATO, 2015).Numa perspectiva crítica, fundamentada na Psicologia Histórico-Cultural, o diálogo que se faz entre professores e psicólogos deve contribuir para a efetivação de práticas críticas e compromissadas com a transformação social e emancipação humana.…”