Os domínios de Vegetação são fundamentais para controle térmico e redistribuição de calor e umidade para o Brasil. Entretanto, a conversão da vegetação natural para sistemas antrópicos pode alterar essa dinâmica. O objetivo foi avaliar o padrão da temperatura de superfície terrestre e de variaveis biofísicas nos domínios de vegetação do Brasil nos anos de 2004 e 2016. Dados de sensoriamento remoto foram empregados para obter a temperatura de superfície e as variáveis biofísicas, a saber, índice de vegetação, evapotranspiração, precipitação e déficit hídrico. Comparando os anos de 2004 e 2016, a temperatura aumentou 1,04 ºC; com maior média no domínio de vegetação de Savanas (31,98 e 33,12 ºC para 2004 e 2016), seguida das Áreas de Tensão Ecológica (29,69 e 30,85 ºC, em 2004 e 2016), enquanto as menores médias ocorreram nas Florestas (27,46 e 28,38 ºC, para 2004 e 2016). Na dinâmica temporal (entre 2004 e 2016), observou-se que a ΔTST (mudança da temperatura de superfície terrestre) média para as Savanas foi 1,14 ºC, 0,92 ºC nas Florestas e 1,16 ºC nas Áreas de Tensão Ecológica. Portanto, as Savanas e ATE apresentaram menor capacidade de atenuar o efeito do aumento da temperatura de superfície. As variáveis biofísicas mostram correlação negativa com Temperatura de Superfície Terrestre em todos os domínios de vegetação. Em geral, o aumento da temperatura nos domínios de vegetação brasileiros indica os efeitos das perturbações antrópicas na dinâmica climática.