RESUMOOs diferentes sistemas de preparo provocam alterações nas propriedades químicas, físicas e biológicas do solo, podendo requerer modificações no manejo e nas recomendações de adubação e calagem. Este trabalho avaliou os efeitos dos sistemas de preparo sobre as propriedades químicas e físicas do solo, em um experimento instalado em 1985. A área experimental vem sendo cultivada com culturas anuais em seis sistemas de preparo: semeadura direta (SD), arado de discos (AD), arado de aivecas (AA), grade pesada (GP), grade pesada + arado de discos (GP + AD) e grade pesada + arado de aivecas (GP + AA). O delineamento utilizado foi de blocos completos casualizados, com quatro repetições. As amostragens foram realizadas após a cultura do milho (safra 2001/02), nas profundidades de 0-5, 5-10 e 10-20 cm. As amostras de solo foram submetidas às análises químicas e físicas e as médias comparadas pelo teste de Tukey. Os sistemas de preparo influíram nas propriedades químicas e físicas do solo, com a maior parte das diferenças ocorrendo entre a SD e os demais sistemas. A densidade do solo foi superior na SD, em relação à dos demais tratamentos. Houve incremento nos valores de MO, pH, CTC efetiva, Ca 2+ , Mg 2+ , K e P, na camada superficial da SD, em relação às demais profundidades. A semeadura direta apresentou valores de Al 3+ inferiores aos dos demais tratamentos, na camada de 0-5 cm de profundidade, e superiores aos dos tratamentos AD, GP e GP + AA, na camada de 10-20 cm. Os tratamentos AD, GP, GP + AD e GP + AA apresentaram valores de K superiores aos dos tratamentos SD e AA, na camada de 0-5 cm de profundidade. O tratamento SD apresentou teores de P disponível superiores aos dos demais tratamentos, na camada de 0-5 cm de profundidade e na média das três profundidades.
RESUMO -A fitorremediação é uma técnica que objetiva a descontaminação de solo e água, utilizando-se como agente de descontaminação plantas. É uma alternativa aos métodos convencionais de bombeamento e tratamento da água, ou remoção física da camada contaminada de solo, sendo vantajosa principalmente por apresentar potencial para tratamento in situ e ser economicamente viável. Além disso, após extrair o contaminante do solo, a planta armazena-o para tratamento subseqüente, quando necessário, ou mesmo metaboliza-o, podendo, em alguns casos, transformá-lo em produtos menos tóxicos ou mesmo inócuos. A fitorremediação pode ser empregada em solos contaminados por substâncias inorgânicas e/ou orgânicas. Resultados promissores de fitorremediação já foram obtidos para metais pesados, hidrocarbonetos de petróleo, agrotóxicos, explosivos, solventes clorados e subprodutos tóxicos da indústria. A fitorremediação de herbicidas apresenta bons resultados para atrazine, tendo a espécie Kochia scoparia revelado potencial rizosférico para fitoestimular a degradação dessa molécula. Embora ainda incipiente no Brasil, já existem estudos sobre algumas espécies agrícolas cultivadas e espécies silvestres ou nativas da própria área contaminada, com o objetivo de selecionar espécies eficientes na fitorremediação do solo.Palavras-chave: fitorremediação, seleção de plantas, recuperação do solo. ABSTRACT -Phytoremediation is a technique that uses plants as agents of soil and water decontamination. It is an advantageous alternative to the conventional methods of water pumping and treatment and/or physical removal of the contaminated soil layer since it allows INTRODUÇÃONa busca de alternativas para despoluir áreas contaminadas por diversos compostos orgânicos, tem-se optado por soluções que englobam: eficiência na descontaminação, simplicidade na execução, tempo demandado pelo processo e menor custo. Nesse contexto, cresce o interesse pela utilização da biorremediação, caracterizada como uma técnica que
RESUMO -O emprego da fitorremediação na despoluição de solos contaminados com compostos orgânicos, inclusive herbicidas, vem sendo pesquisado ultimamente. Como o tebuthiuron pode causar sério impacto ambiental, por ser muito utilizado, apresentar longo efeito residual no solo e possibilidade de contaminação do lençol de água subterrâneo, desenvolveu-se este trabalho com o objetivo de avaliar a capacidade de sete espécies vegetais na despoluição de solos contaminados com esse herbicida. As espécies avaliadas neste experimento foram: Cajanus cajan, Canavalia ensiformes, Dolichos lablab, Pannisetum glaucum, Estizolobium deeringianum, Estizolobium aterrimum e Lupinus albus. Elas foram semeadas e cultivadas, por 60 dias, em vasos cujo solo recebeu quatro doses do tebuthiuron (0,0; 0,5; 1,0; e 1,5 kg ha -1 ). As testemunhas foram constituídas por vasos sem planta, aos quais foram aplicadas as mesmas doses de herbicidas. Aos 60 dias após a semeadura, colheu-se a parte aérea de todas as plantas, sendo semeada, nos mesmos vasos, Avena strigosa, utilizada como planta indicadora, para realização do bioensaio. Depois de 60 dias da semeadura da espécie bioindicadora, esta foi colhida, sendo avaliadas as seguintes características: altura de plantas, sintomas de toxicidade e biomassa seca da parte aérea das plantas. Até a dose de 0,5 kg ha -1 de tebuthiuron, a espécie que melhor fitorremediou esse herbicida no solo foi L. albus. Quando o solo foi tratado com 1,0 kg ha -1 de tebuthiuron, C. ensiformes foi a espécie que melhor fitorremediou o herbicida. Isso foi concluído com base na maior altura de plantas, biomassa seca da parte aérea e menor toxicidade de A. strigosa, quando foi cultivada em sucessão a essas plantas remediadoras. Nenhuma das espécies avaliadas cresceu em solo que recebeu a maior dose de tebuthiuron (1,5 kg ha -1 ).Palavras-chave: fitorremediação, despoluição do solo, fitodegradação, bioensaio, aveia-preta. ABSTRACT -Phytoremediation of soil contaminated by organic compounds, including herbicides
RESUMO -Este trabalho teve como objetivo selecionar espécies tolerantes ao tebuthiuron, visando utilizá-las em programas de fitorremediação de solos contaminados com esse herbicida. ), aplicadas em pré-emergência, e quatro épocas de avaliação (15, 30, 45 e 60 dias após a semeadura). Foram avaliadas a fitotoxicidade do herbicida, a altura de plantas e a massa de matéria seca da parte aérea, de raízes e do total da planta. Canavalia ensiformes e Pennisetum typhoides foram tolerantes ao tebuthiuron na dose de 0,5 kg ha -1. Estizolobium aterrimum tolerou tebuthiuron até a dose de 1,0 kg ha -1 , apresentando fitotoxicidade menos acentuada e menor redução de altura de plantas e da massa de matéria seca da parte aérea, de raízes e do total da planta em relação ao tratamento testemunha.Palavras-chave: seletividade, fitotoxicidade, descontaminação, adubos verdes, plantas daninhas. (15, 30, 45, and 60 days after sowing). Phytotoxicity, plant height and, above-ground, root ABSTRACT -This study aimed to select tebuthiuron-tolerant plants to use them in
RESUMOA ação da microbiota rizosférica, acelerando a degradação de compostos no solo, é conhecida como fitoestimulação e constitui-se em um dos principais mecanismos de fitorremediação de herbicidas no solo. Plantas tolerantes ao tebuthiuron, que sejam capazes de estimular sua microbiota rizosférica, podem ser de grande interesse na fitorremediação desse herbicida. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade rizosférica de quatro espécies vegetais com potencial para fitorremediação de tebuthiuron e inferir a contribuição radicular no processo de descontaminação desse herbicida. Foi analisado o solo rizosférico de feijão-de-porco (Canavalia ensiformis), milheto (Pennisetum glaucum), mucuna-anã (Estizolobium deeringianum) e mucuna-preta (Estizolobium aterrimum) e de uma testemunha (sem planta), com e sem a presença do tebuthiuron, na dose de 0,73 µg g -1 . A taxa de evolução de CO 2 foi quantificada aos 1, 2, 3 e 10 dias da aplicação dos tratamentos (DAT). Os tratamentos com herbicida foram submetidos à contaminação com 40 µg g -1 de tebuthiuron. Após a aplicação, mediu-se a taxa de evolução de CO 2 aos 1 e 50 DAT, empregando-se respirômetro de fluxo contínuo. A espécie feijão-de-porco apresentou sempre a maior taxa de evolução de CO 2 em relação às demais espécies e à testemunha, seguido de mucuna-preta na dose comercial. Sob concentrações maiores que a dose comercial, os valores médios de taxa de evolução de CO 2 foram maiores no
RESUMOA semeadura direta vem sendo cada vez mais adotada pelos produtores, e as pesquisas têm gerado maior número de informações sobre os aspectos nutricionais, relacionadas principalmente ao acúmulo de matéria orgânica e nutrientes, notadamente os macronutrientes, como também os aspectos de acidez. Entretanto, existe ainda carência de informações sobre a dinâmica dos micronutrientes neste sistema. Em experimento estabelecido há quinze anos em um Argissolo Vermelho-Amarelo, coletaramse amostras de solo para avaliar a influência de seis sistemas de preparo de solo: semeadura direta (SD), arado de aivecas (AA), arado de disco (AD), grade pesada (GP), grade pesada + arado de aivecas (GP+AA) e grade pesada + arado de disco (GP+AD), sobre os valores de pH e os teores de carbono orgânico, cobre, manganês, zinco e ferro em quatro profundidades (0-2,5; 2,5-5,0; 5,0-10,0 e 10,0-20,0 cm). Foram constatadas diferenças para os valores de pH e os teores de carbono orgânico, cobre, manganês e zinco entre os sistemas de preparo e profundidades amostradas, com os maiores valores sendo observados nos primeiros 5 cm do solo sob o sistema SD. A partir desta profundidade ocorreu similaridade entre os teores em profundidade, com decréscimos mais acentuados na camada de 10 a 20 cm. O teor de ferro mostrou-se influenciado negativamente pela presença de matéria orgânica em superfície nos sistemas SD e GP. Os teores de micronutrientes analisados relacionaram-se positivamente com os teores de carbono orgânico nos diferentes sistemas de preparo e profundidades. Os tratamentos que envolveram maior revolvimento do solo apresentaram maior homogeneidade dos teores de carbono orgânico e micronutrientes ao longo do perfil amostrado.Palavras-chave: semeadura direta, sistemas de preparo e micronutrientes.
O estudo foi realizado na Estação Experimental de Coimbra, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em experimento de longa duração, com início no ano agrícola de 1995 e término previsto para 2006. As avaliações foram feitas em 1997, utilizando-se o cultivo do milho safrinha em sucessão ao feijão das águas, com o propósito de se verificar os efeitos dos sistemas de semeadura direta (SD), preparo do solo com arado de aivecas (AA), arado de discos (AD), grade pesada (GP) e enxada rotativa (ER) sobre a produtividade e características agronômicas da cultura. Observou-se que no sistema de semeadura direta as plantas apresentaram menor número de dias para o florescimento, porém maiores valores para diâmetro do colmo, altura de inserção da primeira espiga, altura de plantas, número de espigas e de plantas por hectare, massa média de espigas, índice de espigas e produtividade.
RESUMOForam avaliadas características morfométricas da porosidade de um Argissolo Vermelho-Amarelo, cultivado por dez anos sob os tratamentos: semeadura direta; arado de aiveca + grade destorroadora; arado de discos + grade destorroadora; grade pesada + arado de aiveca + grade destorroadora; grade pesada + arado de discos + grade destorroadora; grade pesada + grade destorroadora. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com seis tratamentos e quatro repetições. Blocos de solo com estrutura natural, com dimensões de 15 cm de largura por 15 cm de profundidade, foram amostrados para análises morfométricas da porosidade. As análises dos blocos polidos mostraram descontinuidade e diminuição da porosidade nos sistemas de preparo do solo que envolveram o uso da grade pesada. O sistema de semeadura direta mostrou boa conexão entre os macroporos, sem revelar descontinuidade entre a superfície e as camadas inferiores.
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