“…A emergência dos movimentos sociais urbanos a partir da década de 1970, em parte, revigorou o debate, juntamente com a literatura sobre participação política e instituições participativas nas décadas seguintes. Contudo, parte do debate sociológico e do discurso de militantes sobre movimentos sociais urbanos se manteve crítica aos modelos de associativismo que tinham relações de maior proximidade com o Estado por manterem apostas político-normativas sobre a democracia e a renovação da sociedade civil (SZWAKO, ARAÚJO, 2019). Assim, mesmo que a relação entre atores da sociedade civil com atores estatais e suas instituições seja uma constante presente nas inúmeras possibilidades de fazer política (GURZA LAVALLE;ZAREMBERG, 2014), essa interrelação foi interpretada como um desvio, como um erro ou, ainda, como uma ação oportunista e, portanto, crivada de sentido negativo.…”