RESUMO O texto segue a trajetória da produção de F. Weffort sobre o chamado “populismo” e mostra seus efeitos no debate dos “movimentos sociais urbanos” e também dos “novos personagens em cena” , defendendo uma história intelectual centrada em ideias e nas tensões entre intelectualidade e expectativas políticas. A observação de inflexões e continuidades na tese populista permite chegar a dois resultados. A miríade de conceitos que marcou, em parte, a gênese da discussão brasileira sobre movimentos sociais nasce como crítica e adesão à herança weffortiana. Além disso, o artigo mostra que os novos conceitos não se gestam em algo como um “campo acadêmico”, e sim nascem de inspirações e influências daquele conjunto de intelectuais e das apostas por eles forjadas em seus núcleos na sociedade civil (o Cedec, no caso) ou nas relações com outros atores civis e partidários.
O presente trabalho busca oferecer uma interpretação a respeito do surgimento da categoria política sem terra no Brasil. Utilizou-se como escopo documental, de onde se tirou grande parte do material analisado, as edições do jornal Terra Livre, publicadas entre 1954 e 1964. Por meio da ferramenta utilizada para buscar palavras contida no site (www.armazemmemoria.com.br) onde se encontram digitalizadas as edições do Terra Livre, buscou-se as palavras sem terra, ocupação, invasão e acampamento. A partir da análise dos resultados da busca, concluiu-se que essa categoria política foi forjada pelos movimentos sociais na luta por reforma agrária ainda nos anos 1950 em oposição ao latifúndio compreendido tanto como modelo produtivo, quanto como unidade política.
El autor defiende en este artículo que la pared no es una piel, y mucho menos independiente. Para Araujo, el filón más creativo de la arquitectura moderna (y de la demás) estuvo en las relaciones entre pared y estructura.
Este trabalho tem como objetivo compreender a redução das ocupações de terra no Brasil. Na década de 1990, houve uma tendência à intensificação das ocupações, que alcançou seu ápice em 1999, quando foram realizadas 856 ações. Mas a partir de 2005 esta tendência se inverteu, atingindo a marca de 116 ocupações em 2010. Verificou-se que este fenômeno está relacionado a quatro condições sociais que expressam as mudanças no confronto em torno da reforma agrária: a mudança na orientação política da organização que mais empregou este repertório; a emergência de governos que não reconhecem a ocupação enquanto um repertório legítimo; a diminuição de um contingente de pessoas dispostas a se engajar nas ocupações; o arrefecimento do apoio de diversos atores relevantes à bandeira da reforma agrária.
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