Em janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde declarou o surto de COVID-19 como uma emergência de saúde global. O presente estudo teve como objetivo identificar a influência da pandemia de COVID-19 na saúde mental dos graduandos de odontologia da Universidade Federal de Campina Grande. O estudo foi do tipo transversal, com abordagem indutiva e procedimento comparativo, estatístico-descritivo, adotando o questionário WHOQOL-HIV BREF, sendo o universo composto pelos alunos regularmente matriculados do 1º ao 9º período. A maior participação na pesquisa foi do quarto período (15,6%). Os dados demográficos revelaram uma maior quantidade de alunos do gênero feminino (60,3%), pardos (48,7%), estado civil solteiro (94,2%), desempregado (93,8%) e possuindo renda de até dois salários-mínimos (46,4%). Em relação à qualidade de vida, (33,9%) da amostra classificou a mesma como sendo boa. (79,9%) dos participantes realizou algum tipo de teste para detecção do vírus e (46,9%) testaram positivo. 51,3% da amostra não se sentiu desmotivada para realizar sua rotina de higiene bucal e (88,8%) realizaram atividades para se distrair durante esse período. Os resultados apontaram ainda que o consumo de bebidas alcoólicas foi observado em (35,7%) da amostra e que (92,9%) não utilizou tabaco durante esse período. (16,1%) relataram ter sua saúde mental pouco afetada, (95,5%) sentiu ansiedade algumas vezes, (80,8%) se sentiram mais estressados e (36,2%) perdeu algum parente ou pessoa próxima durante a pandemia. A partir desses resultados será possível ter um olhar diferenciado para a saúde mental, possibilitando o conhecimento científico acerca de suas consequências psicossociais.