As mudanças originárias do impacto provocado pela hospitalização podem afetar a qualidade de vida dos elementos do sistema familiar. Esse processo é marcado pela ruptura no cotidiano da família. O estudo objetivou avaliar a qualidade de vida de familiares de pessoas hospitalizadas na unidade de terapia intensiva em um hospital público de um município do interior da Bahia. Tratou-se de um estudo transversal, com amostra de 87 familiares, utilizando a ficha de caracterização World Health Organization Quality of Life Instrument para obter os dados socioeconômicos e a avaliação do nível de qualidade de vida. Os resultados evidenciaram nível mais elevado de qualidade de vida nos domínios Relações sociais e Físico; médio no domínio Psicológico; e mais baixo no domínio Meio ambiente. A análise da consistência interna foi dada pelo coeficiente alfa de Cronbach, no qual os domínios Meio ambiente, Físico e Psicológico, com valores maiores; e o domínio Relações sociais, com o menor valor. Houveram correlações positivas com as variáveis e em todas com o domínio Físico e uma correlação com o domínio Psicológico. As variáveis foram: sexo do familiar, para o domínio Físico e para o domínio Psicológico; Possui alguma dor física e Realiza algum tratamento médico. Ao avaliar os domínios Relações sociais e Físico, por meio de sua média, verificou-se que a mesma corresponde a um maior nível de qualidade de vida, enquanto que a análise do domínio meio ambiente permitiu identificar que há um baixo nível de qualidade de vida. Concluiu-se que algumas dimensões da qualidade de vida do familiar são afetadas com o processo de internação de um parente na Unidade de Terapia Intensiva, o que requer um olhar mais sensível e práticas de cuidado voltadas a esse grupo social.
Palavras-chave: Qualidade de vida. Família. Unidade de Terapia Intensiva.