Introdução: O transplante hepático intervivos representa alternativa para reduzir a falta de doação de órgãos. Objetivo: Analisar a influência da natremia como fator preditivo da perda precoce do transplante hepático nos três primeiros meses na modalidade intervivos. Método: Estudo retrospectivo, observacional e analítico de 78 doentes adultos submetidos ao transplante de fígado com doador vivo. A média etária foi 50,7±6,8 anos (18 a 65 anos) e dividiu-se os doentes transplantados em grupo I, com 62 (79,5%) pacientes com sobrevivência do enxerto superior a três meses, e grupo II com 16 (20,5%), que faleceram e/ou apresentaram falha do enxerto no prazo de até três meses após a realização do transplante hepático. Foram analisadas as seguintes variáveis: sexo, idade, etiologia da doença hepática e o nível sérico de sódio no momento do transplante. Foi considerada “perda precoce” a sobrevivência do enxerto hepático menor que três meses após a realização do transplante. Na avaliação dos fatores de risco para perda precoce do enxerto hepático foram utilizados o teste do χ2, o teste t de Student e a análise uni e multivariada. A análise de sobrevivência do enxerto foi realizada pelo modelo de Kaplan-Meier. Resultados: Sexo (p=0,4) e idade (p=0,67) não apresentaram diferença significante. O nível sérico de sódio foi significantemente (p=0,01) maior no grupo I do que no grupo II. Conclusão: Os valores da natremia estão associados à maior probabilidade de sucesso no transplante hepático na modalidade intervivos.