Resumo: O objetivo deste estudo é apresentar relato de uma experiência de atividade grupooperativa realizada com famílias de uma ocupação urbana assistidas por um Centro de Referência e Assistência Social de um município do interior de Minas Gerais. Participaram da atividade 32 pessoas divididas em dois grupos operativos, coordenados por um psicólogo que mediou as interlocuções. A experiência vivenciada aponta que a ausência de moradia e submissão das pessoas à situação de assentamento caracterizam-se como problemas macrossociais, interligados por uma série de outras questões de ordem social, política, econômica e histórica que incidem na qualidade de vida, nas condições de saúde da população, na exposição à situações de risco e, consequentemente, no desenvolvimento humano de forma geral. Os grupos mostraram-se importantes ferramentas para expressar sentimentos e construir elaborações em relação às vivências no assentamento e os problemas sociais enfrentados no processo de ocupação. As atividades de acolhimento desenvolvidas pela psicologia junto a populações vulneráveis demostram a importância da inserção desses profissionais nas equipes multidisciplinares dos mecanismos de atenção social governamentais.