Prospecção arqueológica em áreas de floresta – contribuição metodológica da pesquisa na área do Projeto Salobo (Pará)

Abstract

O projeto de Prospecção arqueológica na área do Projeto Salobo - PA foi desenvolvido entre 2003 e 2006 pelo Museu Paraense Emílio Goeldi com a finalidade de identificar e avaliar os impactos da implantação de atividades mineradoras da empresa VALE ao patrimônio arqueológico, além de indicar medidas necessárias para sua preservação ou resgate. O presente artigo tem por objetivo apresentar a metodologia de levantamento arqueológico utilizada para a identificação de vestígios arqueológicos na área da Floresta Nacional Tapirapé – Aquiri (FLONATA), município de Marabá / PA, a qual será afetada pela implantação deste empreendimento. Esta experiência deverá suscitar discussões quanto aos alcances e limites da abordagem apresentada, cujo resultado foi a identificação de 22 sítios e cinco ocorrências arqueológicas.

Pedo‐Geochemical Signatures of Archeological Sites in the Tapirapé‐Aquiri National Forest in Marabá, Amazonia, Brazil

“…Current research that integrates ethnoarchaeological, zooarchaeological, paleobotanical (e.g., charcoal, phytoliths, starch grains, diatoms, pollen, and other microvestiges), pedological, and geochemical data indicate not only a systematic human adaptation to the tropical environment, but also the management and even domestication of cultigens, confirming more dynamic interactions and cultural exchanges between these ancient groups than previously assumed (Roosevelt, ; Heckenberger et al., ; Kipnis, Caldarelli, & Oliveira, ; Almeida, ; Neves, ; Silveira et al., , ; Oliveira & Silveira ; Machado, ; Caromano, ; Cascon, ; among others). As a contribution to this ongoing debate, the present study analyzes the occupation patterns of terra firme archeological sites in the Tapirapé‐Aquiri National Forest based on the spatial distribution of chemical elements in the soil.…”

“…The study area is located in the eastern portion of the Tapirapé‐Aquiri National Forest (FLONATA) in the municipality of Marabá (MC 51 coordinates between 5°52′49.592′′S, 50°41′34.251′′W and 5°41′57.514′′S, 50°25′19.278′′W), Carajás region, approximately 600 km south of the city of Belém, capital of the Brazilian state of Pará (Figure ). The reserve covers a total area of approximately 80,000 km², which is drained mainly by the Salobo, Mirim, and Cinzento Rivers, all tributaries of the Itacaiúnas River (Figure ; Silveira et al., ).…”

“…These soils, known as Terra Mulata (TM), are thought to be the result of past agricultural activities, in particular the frequent use of fires to clear vegetation resulting in the production of pyrogenic charcoal (Sombroek, ; Mora et al., ; Woods, McCann, & Meyer, ; McCann, Woods, & Meyer, ). Smaller sites with low density archeological remains, and lower concentrations of the chemical elements mentioned above, have been interpreted as campsites associated with temporary habitation of short duration (Silveira et al., , ).…”

Um panorama comparativo da Amazônia no ano 1000

“…A região de Carajás, no sudeste do Pará, está localizada na sub-bacia do rio Tocantins, nos vales dos rios Itacaiúnas e Parauapebas. As pesquisas arqueológicas nessa área ocorrem desde o início da década de 1980 e fazem parte do contexto de mineração da região (Projeto Ferro Carajás, Projeto Salobo, Mineração Onça Puma, Mineração Serra do Sossego, entre outros) (SIMÕES, 1986;SILVEIRA et al, 2008SILVEIRA et al, , 2009SILVEIRA et al, , 2015GOLDER, 2010;SCHAAN, 2012;SCIENTIA, 2006;MAGALHÃES, 2016).…”

“…Nos últimos anos, com os avanços das tecnologias de SIG e a criação de extensos bancos de dados, diversos modelos preditivos foram elaborados de forma a otimizar os trabalhos de campo ou ampliar as discussões sobre o grau de impacto humano na floresta amazônica, e suas possíveis alterações no solo e na flora (PALACE et al, 2017;SÖDERSTRÖM et al, 2016;MCMICHAEL et al, 2014;AIRES DA FONSECA, 2013;THAYN et al, 2011;RUSSEL, 2005 Amazônia (BALÉE, 1989;POLITIS, 1999;MACHADO, 2009).…”