Neste trabalho busca-se apresentar os resultados inéditos de datações obtidas por diferentes métodos (TL e C14), bem como propor uma seqüência cronológica da ocupação humana na área do Salobo, sudeste do Pará, Brasil. A cronologia obtida situa a presença humana nesta região entre 4000 AC e 1.800 anos AD, indicando 6000 anos de ocupação nos quais foram observados três períodos distintos: antigo - relacionado a grupos caçadores coletores; intermediário - relacionado a grupos caçadores coletores e grupos ceramistas; e tardio - relacionado a grupos ceramistas. Foram produzidos mapas nos quais se visualiza a inserção destes sítios na paisagem e as ocupações nos diferentes períodos, como também as épocas em que foram contemporâneos. Na tentativa preliminar de inserir os dados em um contexto mais amplo pretende-se, através do panorama apresentado, contribuir com o debate acerca dos processos pelos quais se deu a ocupação humana na região Amazônica.
O projeto de Prospecção arqueológica na área do Projeto Salobo - PA foi desenvolvido entre 2003 e 2006 pelo Museu Paraense Emílio Goeldi com a finalidade de identificar e avaliar os impactos da implantação de atividades mineradoras da empresa VALE ao patrimônio arqueológico, além de indicar medidas necessárias para sua preservação ou resgate. O presente artigo tem por objetivo apresentar a metodologia de levantamento arqueológico utilizada para a identificação de vestígios arqueológicos na área da Floresta Nacional Tapirapé – Aquiri (FLONATA), município de Marabá / PA, a qual será afetada pela implantação deste empreendimento. Esta experiência deverá suscitar discussões quanto aos alcances e limites da abordagem apresentada, cujo resultado foi a identificação de 22 sítios e cinco ocorrências arqueológicas.
Este artigo apresenta a metodologia de salvamento arqueológico empregada no resgate de sítios localizados em área de floresta tropical situada no sudeste do estado do Pará, município de Marabá. A delimitação sistemática através de tradagens em malha com intervalos equidistantes entre 10 m e 1 m, aliada a escavações por níveis naturais nas áreas centrais e periféricas dos sítios arqueológicos, possibilitaram a observação de processos de continuidadee descontinuidade na ocupação dos assentamentos e da formação da TerraPreta Arqueológica, aqui relacionada a áreas de atividade dentro das aldeias. Ametodologia aplicada demonstrou a viabilidade de pesquisas sistemáticas em áreas com densa cobertura vegetal, assim como a análise crítica de seus alcances e limites. Os 22 sítios arqueológicos pesquisados forneceram informações que auxiliaram no entendimento da história de ocupação desta área, iniciada há 6.000 anos. Essas informações abrangem dados sobre a implantação dos sítios na paisagem, tipologia funcional dos assentamentos (habitação e acampamento) e cronologias de ocupação (inter e intra-sítios). Este trabalho contribuirá ainda na construção do conhecimento da ocupação pré-história local e regional.
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