“…análise do guia demonstrou tratar-se de publicação geral para o atendimento de rotinas das equipes de ESF. No que tange às ações educativas, o material orienta exclusivamente as temáticas a serem abordadas dentro de cada contexto de atenção à saúde nos ciclos da vida e na prevenção de doenças mais prevalentes na população em geral.Nesse caso, torna-se mais evidente a contribuição teórica do estudo na forma como a revisão de literatura realizada emerge e se relaciona com a experiência, demonstrando a educação em saúde como um lugar de mediações e diálogo entre profissionais e comunidade em prol de estratégias participativas das políticas públicas, como observa Eymar16 .O estudo aponta limitações na sustentabilidade de ações como essas, sobretudo devido à resistência dos profissionais e gestores de saúde, que, por não se sentirem "[...] responsáveis pela desigualdade e pobreza, não apresentam-se (sic) comprometidos/solidários com essas mulheres e suas famílias"14 .Dois estudos17,18 [02 e 03] inserem-se em um projeto guarda-chuva denominado 'Perfil epidemiológico das doenças e agravos em comunidades quilombolas de Sergipe'. Atuaram, no entanto, sobre comunidades distintas, sendo o primeiro um estudo de intervenção; e o segundo, um relato de experiência extensionista.O estudo de intervenção 17 objetivou avaliar a efetividade de intervenção educativa na temática do traço e da anemia falciforme, oferecendo orientações quanto ao risco genético, manifestações orais da doença e noções gerais de autocuidado em uma amostra de 230 indivíduos, com aplicação de questionário semiestruturado e análise estatística antes e depois da intervenção educativa.…”