Profissão Artista: pintoras e escultoras acadêmicas brasileiras

O Trabalho Do Artista

“…Ana Paula Cavalcanti Simioni (2019), ao refazer uma análise sobre a "Profissão-artista", aponta um percurso sociológico ao analisar a inserção das mulheres no século XIX, na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA). Em sua tese, o uso do termo "amadoras" é utilizado historicamente para se referir às mulheres artistas.…”

Pluriversidade Em Projetos De Extensão: Resultados E Impacto Social, Cultural E Étnico

“…Agora a obra está identificada de maneira correta, creditando o trabalho a uma mulher, antes sem nome, e dando o mínimo de representatividade para as mulheres artistas dentro do acervo artístico do estado. Simioni (2008) nos diz que a presença de mulheres, ou a falta dela, depende dos responsáveis pela escrita histórica, como o historiador, o crítico e o museólogo, acreditamos que esse pensamento pode ser igualmente aplicado quando pensamos na falta de representatividade negra. Nesse contexto o conservador-restaurador se mostra como mais um importante agente para a busca por reescrever o passado, uma vez que esse profissional também trabalha diretamente com o acervo, decidindo o que vai ou não ser restaurado, analisando em seus processos de conservação-restauração possíveis falhas em documentações, inclusive assinaturas antes não vistas, que podem ser encontradas com exames dos quais são qualificados a fazer.…”

O diário de Anita Malfatti de 1914

“…Nota-se que ela procurou apresentar obras que, pelo menos nos títulos 11 , remetiam a "estudos acadêmicos", como "Estudos", "Cabeça de velho", "Cabeça antiga", "Estudo de Natureza morta" etc. Isso ao lado de outras que traziam situações "familiares" como "Georgina", "Baby", "Zito, Ruy e Rubinho", o que, provavelmente, em alguma medida era esperado de uma pintora em começo de carreira (SIMIONI, 2008). E, ainda, sugestões discretas "modernas" como "Impressão de paisagem", algo que fazia sentido dentro de um contexto, como vimos, fortemente influenciado por imigrantes italianos e por pinturas de paisagens com pinceladas mais abertas em chave macchiaioli (PIRES, 2017b).…”