“…Dessa forma, deixam de projetar o cuidado ao longo do tempo ao buscarem apenas a causalidade, ou seja, inutilizam a temporalidade, explicado pela falta de alteridade dos profissionais de saúde e interação, propósitos para a fusão de horizontes no modo de cuidar. Inclusive, se essa busca por atenção à saúde da criança não acontecer inicialmente em serviços de APS, como está representado na figura 1, a seguir, dificilmente haverá um serviço que se responsabilize por esses usuários, levando à fragmentação do cuidado, reducionismo e à falta de resolutividade (STARFIELD, 2002;AYRES, 2004B;MENDES, 2012;LIMA;ALMEIDA, 2013 Ainda, esse olhar para o cuidado, percebido como transformador, ultrapassa o conceito de cuidar das crianças na presença de doenças, mas cuidar para que não adoeçam (MENDES, 2012). Essa percepção inclui as necessidades das famílias de ambientes adequados e saudáveis para abrigar suas crianças no momento em que seus cuidadores encontram-se impossibilitados para cuidar, como, por exemplo, durante a jornada de trabalho.…”