Práticas reformistas na educação brasileira: a contribuição dos irmãos Gildásio e Gilson Amado

Abstract

RESUMOPara o presente artigo tomamos como objeto de estudo as trajetórias de vida de dois irmãos sergipanos: Gildásio e Gilson Amado, objetivando refletir sobre parte da história da Educação presencial e a distância no Brasil. A partir da atuação, sobretudo nas décadas de 1960 e 1970, dessas duas personagens no campo educacional à frente da Diretoria de Ensino Secundário do Ministério da Educação -Dese, no caso de Gildásio, e da Fundação Centro Brasileira de TV Educativa -FCBTVE, no caso de Gilson, conseguimos perceber as transformações vivenciadas pela Educação nesse período, permitindo a compreensão do quanto Gildásio e Gilson Amado atuaram e efetivamente promoveram mudanças no ensino brasileiro e o quanto as marcas deixadas por esses intelectuais foram profundas, perpetuando-se até os dias de hoje como referência de concepção de ensino. Palavras-chave: Educação à distância; Ensino Secundário;Gildásio Amado; Gilson Amado. REFORMIST PRACTICES IN BRAZILIAN EDUCATION: CONTRIBUTIONS OF THE BROTHERS GILDÁSIO AND GILSON AMADO ABSTRACTFor this article we take as objects of study the life trajectories of two sergipeans brothers: Gildasio and Gilson Amado, aiming to think about part of the story presential and distance education in Brazil. As from the work, especially in the 1960s and 1970s, of these two characters in the educational field in front of the Board of Secondary Education of the Ministry of Education -Desein, in the case of Gildasio, and of the Foundation Center Brazilian Educational TV -FCBETV, in the case of Gilson, we can understand the changes experienced by Education in this period, allowing the understanding of how Gilson and Gildasio Amado acted and effectively promoted changes in brazilian education and how much the marks left by these intellectuals were deep, continuing until the present day as reference of conception education. Keywords: Distance education; Hight school; Gildasio Amado; Gilson Amado. IntroduçãoSe hoje se discute Educação à distância e presencial pensando em autonomia do aluno, integração com a comunidade na qual a escola está inserida, uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação como instrumentos pedagógicos e a continuidade da formação docente, muito se deve a personagens que há décadas pensaram e propuseram mudanças que permitem reflexões sobre o atual cenário educacional. No Brasil, dentre muitos, destacam-se dois irmãos sergipanos: Gildásio e Gilson Amado.Ao tomar como objeto de estudo a trajetória de vida dessas personagens da história real brasileira, pretendemos contribuir para o entendimento de parte da história da Educação no Brasil, a partir do impacto e dos avanços promovidos pelas atuações de Gildásio e Gilson, dois dos irmãos Amado de Sergipe. Embora cada um tivesse uma formação especifica e atuasse em um campo especifico da educação, ambos foram de suma

Identidade social, mídia televisiva e construção histórico-cultural da memória coletiva: o caso de um movimento sociorreligioso no Brasil

“…A cerimônia oficial da entrega dos equipamentos ocorreu em 17 de fevereiro de 1972, no Telecentro então implantado no antigo prédio do Teatro República, com a presença do embaixador da Alemanha -de onde também vieram três especialistas para treinar profissionais brasileiros -e do Ministro da Educação. A obtenção de sinal para transmissão própria, no entanto, só ocorreria posteriormente, e foi o que permitiu o início de transmissões de uma programação efetiva, a partir de 1975 (Carriço 2008;Barreto & Thomaz 2012). Consultada sobre a questão, a Fundação Konrad Adeneuer, via e-mail de 29 de agosto de 2014, confirmou a doação de equipamentos, mas indicou não haver nenhuma referência ao nome do Fanini como mediador desse processo.…”

Representações das classes secundárias experimentais construídas por Gildásio Amado (1958-1973)

“…altos cargos administrativos da educação brasileira, tais como presidente da Comissão Nacional do Livro Didático (1947Didático ( -1955 e chefe da Diretoria de Ensino Secundário (DES) de 1956 a 1963 e, posteriormente, de 1964 a 1968. Entre o final dos anos 1960 e o início da década de 1980, Gildásio chefiou a Coordenação de Programas Especiais do Departamento de Ensino Fundamental do MEC, participou do Conselho Estadual do Rio de Janeiro, exercendo a presidência por um mandato, e desempenhou o papel de assistente da Secretaria de Educação do Rio de Janeiro (BARRETO; THOMAZ, 2012).…”