Práticas de saúde de fonoaudiólogos na Atenção Especializada no Rio Grande do Norte

Abstract

Introdução: A Atenção Especializada do Sistema Único de Saúde (SUS) oferece serviços em nível ambulatorial e hospitalar, tendo sua densidade tecnológica no nível intermediário. Quanto à organização dos serviços e caracterização das práticas existem diferentes modelos de atenção que podem subsidiar a atuação dos profissionais. Objetivo: Identificar em qual modelo de atenção à saúde se baseiam as práticas dos fonoaudiólogos de um serviço da Atenção Especializada da Rede SUS no Rio Grande do Norte. Método: Estudo de caso de abordagem qualitativa, onde foram entrevistados fonoaudiólogos atuantes no serviço através de questões sobre sua conduta na prática clínica e demais ambientes de trabalho. A entrevista foi gravada, transcrita e analisada por meio da Análise de Conteúdo. Resultados: A partir dos dados obtidos, foram elaboradas três categorias de análise: a doença e a reabilitação como objeto e finalidade de trabalho do fonoaudiólogo, limitações dos recursos terapêuticos e estrutura física do espaço de trabalho e organização da Atenção Especializada no sistema de saúde estadual. Conclusão: Foram observados elementos da clínica ampliada e a prevalência do modelo médico-assistencial hospitalocêntrico com práticas voltadas, sobretudo, para os distúrbios fonoaudiológicos e na busca da reabilitação e cura do paciente.

Mulheres No Climatério E Sua Sexualidade: Uma Perspectiva Biopsicossocial

“…Lemos e Bazzo (2010) afirmaram que tal conjuntura seria passível de superar a reprodução de um modelo pautado na reabilitação, à luz do desenvolvimento de cuidados interdisciplinares e coletivos relacionados aos aspectos da comunicação humana. No entanto, desde o surgimento da Fonoaudiologia no Brasil, é sabido que as ações de caráter terapêutico-reabilitador ainda são amplamente reproduzidas (CASTRO et al, 2020), tendo em vista que os fonoaudiólogos são convencionalmente formados e atuantes para as especialidades (SILVA et al, 2019). Em adição, Rech et al (2019) atestaram que é evidente a heterogeneidade na oferta de serviços fonoaudiológicos públicos, intra e interregionalmente, no Brasil.…”

“…O conhecimento das atividades desenvolvidas no NASF-AP é uma condição elementar para adequações e mudanças no processo de trabalho (ARCE; TEIXEIRA, 2018). Segundo Castro et al (2020), é necessário que o fonoaudiólogo exercite um pensamento crítico e reflexivo baseado em perspectivas que potencializem o seu exercício no contexto do SUS.…”

“…Similarmente, em um serviço da Atenção Especializada do Rio Grande do Norte, as práticas fonoaudiológicas também foram recorrentes na reabilitação e na cura dos pacientes, distanciando-se da necessidade de um olhar ampliado no SUS e da compreensão do seu funcionamento (CASTRO et al, 2020). Para Guckert, Souza e Arakawa-Belaunde ( 2020), o desenvolvimento de ações coletivas e compartilhadas na APS favorece com que a população consiga ter maior acesso às ações fonoaudiológicas, reduzindo, assim, o fluxo de atendimentos na atenção secundária e auxiliando na organização da rede em saúde e na otimização dos recursos humanos e materiais.…”

Planejamento Da Atenção Primaria a Saúde Para Atendimento Ao Pacientes Com Sintomas Respiratórios Em Tempos De Pandemia De Covid-19

“…Lemos e Bazzo (2010) afirmaram que tal conjuntura seria passível de superar a reprodução de um modelo pautado na reabilitação, à luz do desenvolvimento de cuidados interdisciplinares e coletivos relacionados aos aspectos da comunicação humana. No entanto, desde o surgimento da Fonoaudiologia no Brasil, é sabido que as ações de caráter terapêutico-reabilitador ainda são amplamente reproduzidas (CASTRO et al, 2020), tendo em vista que os fonoaudiólogos são convencionalmente formados e atuantes para as especialidades (SILVA et al, 2019).…”

“…O conhecimento das atividades desenvolvidas no NASF-AP é uma condição elementar para adequações e mudanças no processo de trabalho (ARCE; TEIXEIRA, 2018). Segundo Castro et al (2020) É contundente, também, que o fonoaudiólogo atue de forma direcionada à realidade de vida da população, às políticas públicas e ao perfil sociodemográfico e epidemiológico do território (SILVA et al, 2017). Para além desta atuação, é válido ponderar que fatores como a organização e o desenvolvimento do processo de trabalho são distintos entre as localidades, sendo que diversos quesitos podem influenciar na configuração do NASF-AP, como as características do território implantado, as equipes que compõem a saúde da família e o NASF-AP, a política municipal, entre outros (NASCIMENTO et al, 2018).…”