Introdução: A Atenção Especializada do Sistema Único de Saúde (SUS) oferece serviços em nível ambulatorial e hospitalar, tendo sua densidade tecnológica no nível intermediário. Quanto à organização dos serviços e caracterização das práticas existem diferentes modelos de atenção que podem subsidiar a atuação dos profissionais. Objetivo: Identificar em qual modelo de atenção à saúde se baseiam as práticas dos fonoaudiólogos de um serviço da Atenção Especializada da Rede SUS no Rio Grande do Norte. Método: Estudo de caso de abordagem qualitativa, onde foram entrevistados fonoaudiólogos atuantes no serviço através de questões sobre sua conduta na prática clínica e demais ambientes de trabalho. A entrevista foi gravada, transcrita e analisada por meio da Análise de Conteúdo. Resultados: A partir dos dados obtidos, foram elaboradas três categorias de análise: a doença e a reabilitação como objeto e finalidade de trabalho do fonoaudiólogo, limitações dos recursos terapêuticos e estrutura física do espaço de trabalho e organização da Atenção Especializada no sistema de saúde estadual. Conclusão: Foram observados elementos da clínica ampliada e a prevalência do modelo médico-assistencial hospitalocêntrico com práticas voltadas, sobretudo, para os distúrbios fonoaudiológicos e na busca da reabilitação e cura do paciente.
Este relato de experiência tem por objetivo descrever o uso da Tenda do Conto, como metodologia de Educação Popular para um grupo de idosos em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no interior do Rio Grande do Norte, facilitado por residentes da Residência Multiprofissional em Atenção Básica da UFRN. Estudo de abordagem qualitativa e natureza descritiva desenvolvido mediante a experiência da inserção da metodologia da Tenda do Conto enquanto estratégia de reorientação das práticas de educação em saúde no cuidado do idoso. A inserção da metodologia proporcionou uma mudança nas práticas de educação em saúde na UBS em que o grupo se desenvolveu, antes caracterizadas por práticas educativas verticais que não surtiam na adesão dos idosos às atividades. A Tenda do Conto reunia mensalmente um grupo de 11 idosos e idosas em um espaço decorado com objetos antigos e uma cadeira de balanço em destaque. Os objetos trazidos pelos participantes também faziam parte da decoração e no momento de sentar à cadeira, o idoso poderia pegar seu objeto e contar sua história. Dentre as características que fazem esta experiência exitosa, destacam-se: a horizontalidade na relação profissional-usuário, a busca da preservação da autonomia dos participantes, a não utilização de discursos estereotipados sobre o envelhecimento, o fortalecimento de vínculos, o protagonismo dos idosos e a produção de saúde considerando as experiências de vida dos participantes. A difusão de espaços como este e o investimento em educação permanente para os profissionais são necessários para a institucionalização dos princípios da Política de Educação Popular.
Elaborado por Maurício Amormino Júnior -CRB6/2422 O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores. 2019 Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais. www.atenaeditora.com.br APRESENTAÇÃO No cumprimento de suas atribuições de coordenação do Sistema Único de Saúde e de estabelecimento de políticas para garantir a integralidade na atenção à saúde, o Ministério da Saúde apresenta a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS (Sistema Único de Saúde), cuja implementação envolve justificativas de natureza política, técnica, econômica, social e cultural. Ao atuar nos campos da prevenção de agravos e da promoção, manutenção e recuperação da saúde baseada em modelo de humanizada e centrada na integralidade do indivíduo, a PNIPIC contribui para o fortalecimento dos princípios fundamentais do SUS. Nesse sentido, o desenvolvimento desta Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares deve ser entendido como mais um passo no processo de implantação do SUS. A inserção das práticas intregrativas e complementares, especialmente na Atenção Primária (APS), corrobora com um dos seus principais atributos, a Competência Cultural. Esse atributo consiste no reconhecimento das diferentes necessidades dos grupos populacionais, suas características étnicas, raciais e culturais, entendendo suas representações dos processos saúde-enfermidade. Considerando a singularidade do indivíduo quanto aos processos de adoecimento e de saúde -, a PNPIC corrobora para a integralidade da atenção à saúde, princípio este que requer também a interação das ações e serviços existentes no SUS. Estudos têm demonstrado que tais abordagens ampliam a corresponsabilidade dos indivíduos pela saúde, contribuindo para o aumento do exercício da cidadania. Nesse volume serão apresentadas pesquisas quantitativas, qualitativas e revisões bibliográficas sobre essa temática.
O apoio matricial pretende deslocar o poder das corporações de especialistas, chamando à atenção para a força da gestão da equipe interdisciplinar. Desse modo, a forma como o trabalho compartilhado se estabelece é parte fundamental da prática matricial. Este artigo tem o objetivo de analisar a percepção do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB) sobre as relações estabelecidas entre apoiadores, equipes de referência, gestores, e de que maneira elas implicam o processo de trabalho. Trata-se, portanto, de um estudo de caso, de abordagem qualitativa, realizado com 11 profissionais do Nasf-AB por meio de entrevista semiestruturada e observação de campo. Para o tratamento dos dados, foi realizada a análise de conteúdo, em que emergiram duas categorias temáticas: (1) trabalho compartilhado entre Nasf-AB e equipes de referência, expondo uma resistência das equipes em conceber o Nasf-AB como integrante da atenção primária, bem como dificuldades no planejamento e desenvolvimento de ações conjuntas e um desconhecimento das contribuições da prática matricial para o processo de trabalho; (2) trabalho compartilhado entre Nasf-AB e gestão, apontando para a falta de apoio ao núcleo, impasses na comunicação, ausência de espaços de trabalho colaborativo e pressões por produtividade. Portanto, percebe-se que o Nasf-AB enfrenta questões conflituosas decorrentes do trabalho compartilhado, que influenciam na operacionalização da prática matricial.
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