Potencial nutricional e antioxidantes das Plantas alimentícias não convencionais (PANCs) e o uso na alimentação: Revisão

Abstract

As plantas alimentícias não convencionais (PANCs) são partes comestíveis de plantas que podem ser facilmente encontradas em ambientes urbanos e rurais e que não são incluídas habitualmente na dieta. Contudo, há pouco ou nenhuma utilização desses vegetais na alimentação diária da população. Diante disso, o objetivo desse trabalho visou demonstrar o grande potencial alimentício dessas plantas, estabelecendo aspectos relacionados com suas propriedades nutritivas, antioxidantes e sua utilização na alimentação. O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica. Foram utilizados artigos científicos publicados nos últimos 5 anos nas plataformas de dados da Scielo, Lilacs, Pubmed e Scienc Direct. Os trabalhos evidenciaram uma grande diversidade de vegetais com excelente composição nutricional, ricas em macronutrientes e compostos bioativos que incrementariam e diversificariam a dieta da população brasileira, mas que são pouco ou quase nada utilizadas em virtude da falta de conhecimento dos seus benefícios nutricionais e do seu emprego na produção de alimentos. Diante do exposto, sugere-se o desenvolvimento de novas pesquisas que permitam expansão do conhecimento da população acerca das PANCs.

Composição química e potencial antioxidante de Jaracatia spinosa e Vasconcellea quercifolia A. St-Hil e o uso na alimentação: uma breve revisão

“…A atividade antioxidante foi calculada pelo método DPPH e os valores expressos em IC50, o valor encontrado nas folhas foi de 669,10 µg/mL (Leme, Vencato, Biondo, Boeira, & Ferraz, 2017). A presença de compostos fitoquímicos, tais como flavonoides, carotenoides e bioativos possuem características antioxidantes, anti-inflamatórias, antimicrobianas e anticarcinogências, sendo benéfico o seu consumo e aumentando seu potencial funcional para consumo, visto que o mercado consumidor está atento e à procura de alimentos com funcionalidade e valor agregado à saúde (Jacob 2020, Bezerra & De Brito, 2020.…”

Potencial alimentar de frutas e plantas da caatinga: revisão integrativa

“…Possui caules delgados com ramos longos, parcialmente lignificados e lignificados com topo herbáceo, apresenta espinhos ao longo desses ramos, ocorrendo aos pares, curtos e curvos. As folhas, devido ao alto teor de proteínas e fibras, à falta de toxicidade e à presença significativa de ferro e cálcio, podem ser uma alternativa para enriquecimento e aumento dos alimentos (Bezerra & Brito, 2020).…”

“…Araruta: Rica em proteínas, ferro e potássio, a Araruta (Maranta arundinacea) pode ser utilizada no preparo de mingaus, bolos e biscoitos. É um alimento de fácil digestão, recomendado para pessoas com restrições alimentares relacionadas ao glúten, como trigo e aveia (Bezerra & Brito, 2020).…”

“…Dente-de-leão: Usada durante séculos para fazer vinhos e geleias, as folhas do dente-de-leão são ricas em ferro, cálcio, proteínas e vitaminas. De sabor amargo, este vegetal confere um sabor diferente a saladas, sopas e sanduíches (Bezerra & Brito, 2020).…”

Avaliação Do Conhecimento Sobre Plantas Alimentícias Não Convencionais (Panc) Por Meio De Questionário Da Plataforma Google Forms Aplicado À População

“…A maior parte das calorias consumidas na dieta da população brasileira se baseia em alguns poucos vegetais que formam os pilares da monocultura no país, como arroz, soja, milho, trigo, cana-de-açúcar, feijão, batata, mandioca, banana e amendoim. Por consequência da prática da monocultura e da priorização da indústria agrícola por alguns cultivares de maior produtividade e rentabilidade, muitas caraterísticas também importantes nos alimentos como nutrientes, funcionalidade, cor, sabor e forma acabam sendo deixadas de lado em programas de melhoramento e incentivo e a dieta da população acaba se tornando cada vez mais monótona (BEZERRA; BRITO, 2020).…”