“…Nesse sentido, uma docente da escola A afirma em sua entrevista que precisam mudar a prática, por exemplo, utilizar mais as tecnologias digitais, mas que os próprios colegas apresentam resistências, dizendo "eu confio no conteúdo no quadro, no caderno, prova e tal porque está ali, o pai vem aqui, ah tu não deu nada, dei sim, está aqui ó, no caderno" (Celia, 12/07/2018). Portanto, percebe-se nesse contexto certo receio por parte dos professores em mudar as práticas, pois elas podem tirar os docentes da "zona de conforto", já que isso demanda transpor com algumas hierarquias, deslocando o professor do papel de único detentor do conhecimento em sala, abrindo espaço para os alunos colaborarem na produção de informações, saberes, conhecimentos e culturas (Bonilla;Pretto, 2015, p. 513). Além disso, "as condições institucionais e a falta de cultura institucional escolar que adote essas ideias", de "um ensino mais humanista e comprometido com a aquisição de valores para o exercício da cidadania", acaba por limitar as potencialidades de propostas inovadoras (Trevisan, 2009, p. 104).…”