Abstract:poEsia poor, rEspostas poor poeTry, answers Em Les chiens noirs de la prose, sua primeira definição da "straight poetry" é uma definição negativa: "A straight poetry não é a poesia pura", e em seguida: "é a prosa é poor poetry é a poesia poor". O grande problema, a "questão de vida ou morte", o grande processo a intentar, é o da poesia pura? Jean-Marie Gleize: A "straight" poetry seria a poesia (ou a apoesia) 2 "direta", ou "rígida", ou ainda "dura", ou "crua", ou mesmo "reta", achatada ou de orientação "li… Show more
“…Discutindo as formas poéticas do século XXI, Jean-Marie Gleize utiliza o termo pós-poesia para qualificar parte do que identifica como a produção atual na França. O prefixo pós pode soar uma saída fácil para nomear o que ainda não conhecemos bem ("pós-verdade", "pós-autonomia"...), mas Gleize (2013) argumenta que o prefixo anti não seria totalmente adequado porque na produção que analisa (poemas que abrem mãoda metáfora, flertam com o banal e com a cadência narrativa) não há nenhuma declaração de guerra à tradição modernista ou qualquer postura de enfrentamento ou desejo manifesto de superação das formas poéticas do século XX. Trata-se apenas, diz o crítico, de uma outra concepção de fazer poético.…”
unclassified
“…A definição jocosa de forma dada pelo Dicionário contemporâneo de arte contemporânea escrito por Rafa Campos (2015) denuncia a tensão entre a forma e a dimensão ética da arte que atravessa toda a modernidade e é reavivada no contemporâneo: "Forma é a acusação dirigida a alguém que não se importa se o seu trabalho não influencia positivamente a vida da Comunidade de Pescadores de Atum da Córsega Setentrional". Muitos dizem que as discussões sobre a ética e a estética hoje são uma maneira de reviver a velha tensão entre forma especificidade formal, sua diferença específica, seja sob formas tidas por "essenciais" seja sob formas 'inéditas') está atrás de nós, ou ao lado, que não temos mais que protestar "contra" a poesia, mas elaborar outros lugares, outros dispositivos, e produzir ferramentas e quadros teóricos que permitam pensá-los [...] é o trabalho de poesia (sempre crítico dele mesmo desde o começo), estamos sem dúvida em estado de saída permanente, mas em estado de 'saída interna" (GLEIZE, 2013). e conteúdo, de rearmar uma oposição entre o trabalho com a linguagem e a exigência de impacto social da arte.…”
A noção de forma é cultivada como indispensável à arte desde Kant. E mesmo que os formalistas tenham tentado dissolver a oposição entre forma e conteúdo, esse embate continua mais vivo que nunca no presente. Ao analisar o trabalho de Nuno Ramos, Florencia Garramuño afirma que as obras do artista “se distancia[m] de questões puramente formais” e que o espectador é levado a “considerar os efeitos e enigmas” que a obra produz “em vez de concentrar-se na forma estética”. Também no Indicionário do Contemporâneo, no verbete sobre as “práticas inespecíficas” do presente, lemos que obras que se expandem na direção de outros gêneros ou materiais (artísticos ou não) “colocam em xeque uma noção de forma definida”. Considerando a relação entre as noções de inespecificidade e forma, nesta comunicação, gostaria de investigar melhor o conceito de forma e sua operacionalidade para as obras inespecíficas produzidas hoje. A premissa principal é que embora muitas produções não possam ser identificadas a gêneros específicos, talvez seja possível considerar que a inespecificidade é um indício que sugere a reinvenção das formas de contar no presente, mas não seu descarte. Assim, a comunicação quer realizar um levantamento teórico sobre a noção de forma para refletir sobre sua validade hoje, tomando para análise o mais novo romance da escritora mexicana Valeria Luiselli, Arquivo das crianças perdidas.
“…Discutindo as formas poéticas do século XXI, Jean-Marie Gleize utiliza o termo pós-poesia para qualificar parte do que identifica como a produção atual na França. O prefixo pós pode soar uma saída fácil para nomear o que ainda não conhecemos bem ("pós-verdade", "pós-autonomia"...), mas Gleize (2013) argumenta que o prefixo anti não seria totalmente adequado porque na produção que analisa (poemas que abrem mãoda metáfora, flertam com o banal e com a cadência narrativa) não há nenhuma declaração de guerra à tradição modernista ou qualquer postura de enfrentamento ou desejo manifesto de superação das formas poéticas do século XX. Trata-se apenas, diz o crítico, de uma outra concepção de fazer poético.…”
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“…A definição jocosa de forma dada pelo Dicionário contemporâneo de arte contemporânea escrito por Rafa Campos (2015) denuncia a tensão entre a forma e a dimensão ética da arte que atravessa toda a modernidade e é reavivada no contemporâneo: "Forma é a acusação dirigida a alguém que não se importa se o seu trabalho não influencia positivamente a vida da Comunidade de Pescadores de Atum da Córsega Setentrional". Muitos dizem que as discussões sobre a ética e a estética hoje são uma maneira de reviver a velha tensão entre forma especificidade formal, sua diferença específica, seja sob formas tidas por "essenciais" seja sob formas 'inéditas') está atrás de nós, ou ao lado, que não temos mais que protestar "contra" a poesia, mas elaborar outros lugares, outros dispositivos, e produzir ferramentas e quadros teóricos que permitam pensá-los [...] é o trabalho de poesia (sempre crítico dele mesmo desde o começo), estamos sem dúvida em estado de saída permanente, mas em estado de 'saída interna" (GLEIZE, 2013). e conteúdo, de rearmar uma oposição entre o trabalho com a linguagem e a exigência de impacto social da arte.…”
A noção de forma é cultivada como indispensável à arte desde Kant. E mesmo que os formalistas tenham tentado dissolver a oposição entre forma e conteúdo, esse embate continua mais vivo que nunca no presente. Ao analisar o trabalho de Nuno Ramos, Florencia Garramuño afirma que as obras do artista “se distancia[m] de questões puramente formais” e que o espectador é levado a “considerar os efeitos e enigmas” que a obra produz “em vez de concentrar-se na forma estética”. Também no Indicionário do Contemporâneo, no verbete sobre as “práticas inespecíficas” do presente, lemos que obras que se expandem na direção de outros gêneros ou materiais (artísticos ou não) “colocam em xeque uma noção de forma definida”. Considerando a relação entre as noções de inespecificidade e forma, nesta comunicação, gostaria de investigar melhor o conceito de forma e sua operacionalidade para as obras inespecíficas produzidas hoje. A premissa principal é que embora muitas produções não possam ser identificadas a gêneros específicos, talvez seja possível considerar que a inespecificidade é um indício que sugere a reinvenção das formas de contar no presente, mas não seu descarte. Assim, a comunicação quer realizar um levantamento teórico sobre a noção de forma para refletir sobre sua validade hoje, tomando para análise o mais novo romance da escritora mexicana Valeria Luiselli, Arquivo das crianças perdidas.
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