Este artigo analisou a relação existente entre a previdência e a condição de pobreza no Brasil no ano de 2015, investigando suas particularidades em relação à incidência por raça, gênero, dentre outros. Ademais, identificou-se a probabilidade de um indivíduo que está na condição de pobreza de se inserir na previdência. Para isso, utilizaram-se os dados da PNAD 2015, estimando um modelo logit. Como corolário, analisando a população geral, identificou-se uma dificuldade maior para as pessoas com mais de 50 anos, especialmente homens e da cor negra/parda/indígena, se integrarem na previdência. No entanto, quando se focou na população inserida na pobreza, constatou-se uma menor inserção desse grupo no sistema, com prejuízo ainda maior para as mulheres negras/pardas/indígenas. Por fim, estar na condição de pobreza é um dos elementos que diminui a chance de contribuir para a previdência no Brasil, ao passo que a formalidade do trabalho eleva essa probabilidade.