Comumente percebe-se o uso de plantas como medicamentos fitoterápicos, entretanto, a linha tênue entre o tratamento e a intoxicação é uma realidade. Este estudo avaliou a toxicidade dos extratos da folha, casca, flor e semente da Parkia platycephala através do crescimento radicular da Allium cepa. Foram realizadas duas metodologias de extração, uma polar e uma sequencial, ambas usando aparato Soxhlet, obtendo-se extratos brutos (FEB, CEB, FREB, SEB), metanolicos (FEM, CEB, FREM, SEM) e etanolicos (FEE, CEE, FREE, SEE) da folha, casca, flor e semente, respectivamente. O potencial tóxico de cada extrato foi avaliado em três concentrações (50, 250, 750 µg/ml), tendo a água mineral como controle negativo. Observou-se que das 36 amostras analisadas, 25% estimularam o crescimento radicular da A. cepa nas condições avaliadas e 39% mantiveram as características de crescimento do controle negativo, indicando não toxicidade desses extratos. Os melhores índices de crescimento radicular foram obtidos na casca (2,7) e flor (2,0) pela metodologia sequencial. O extrato bruto da casca (CEB) não apresentou toxicidade nas concentrações avaliadas. Os extratos da semente, da extração sequencial, apresentaram toxicidade a partir da concentração 250 µg/ml. Na concentração de 750 µg/ml, apenas um extrato não apresentou toxicidade. Diante dos resultados apresentados, acredita-se no potencial uso terapêutico da espécie P. platycephala nas concentrações inferiores a 250 µg/ml, no entanto é necessário estudos mais detalhados para confirmação da toxicidade dos extratos da espécie.